Uma carteira de investimentos adequada leva em consideração muitas variáveis, mas distinguir a faixa etária do investidor é fundamental na hora de selecionar os ativos que vão compor a carteira.
Os meus dois últimos textos foram direcionados aos investidores mais jovens (clique aqui para ler) e os entre 35 e 50 anos (clique aqui para ler). Este novo é destinado aos investidores com mais idade, acima dos 50. Embora reconheça que com esta idade ainda se tem muita vida pela frente, em investimentos tem que ter cautela.
Nesta faixa etária, há dois grupos de investidores – aqueles que conseguiram acumular um patrimônio que no futuro vai gerar renda complementar para manter o padrão de vida atual e aqueles que pouco ou nada fizeram a respeito. Seguem abaixo algumas sugestões para estes dois grupos.
Os que conseguiram acumular patrimônio
Com a aproximação da aposentadoria, este grupo deve ter como objetivo principal a preservação de capital. Logo, a carteira de investimentos precisa ter a maior parte em ativos mais conservadores, como produtos de renda fixa e fundos multimercado de baixa volatilidade.
A alocação nestes ativos deve girar entre 50% e 90% do valor aplicado. Contudo, ainda é necessário manter uma parcela dos recursos aplicada em produtos com maior potencial de valorização como ações ou fundos de ações, fundos de inflação ou títulos indexados ao índice de preço e fundos imobiliários, pois também é preciso preservar o poder de compra.
Uma preocupação que os investidores desta faixa etária devem ter é com a sucessão e herança. Em geral, para quem tem herdeiros e quer deixar garantido o futuro destes, minha sugestão é que façam um plano de previdência privada, pois o prêmio é entregue rapidamente e sem burocracia aos beneficiários indicados. Os valores de planos de previdência privada não entram em inventário e partilha de bens.
Os que não conseguiram acumular recursos
Este grupo de investidores se encontra em uma situação menos confortável, pois não possui mais tanto tempo para acumular recursos. O empenho nesta faixa tem que ser maior se o indivíduo quiser manter o padrão de vida após se aposentar.
É preciso dar continuidade ou iniciar imediatamente um plano para acumular capital. Portanto, deve-se fazer aportes regulares em fundos, planos de previdência e conhecer outras modalidades de aplicações.
Minha sugestão de carteira para estes investidores é que apliquem a maior parte de seus recursos em produtos com maior potencial de valorização, como fundos de ações, títulos prefixados e até fundos imobiliários. O objetivo das alocações deve ser o de maximizar o retorno e, por isso, a carteira deve ser revisada com maior regularidade – semestralmente, no mínimo.
Se houver preocupações em deixar recursos para os dependentes, minha recomendação neste caso é que o investidor procure por um seguro com bom custo-benefício.
Aos 50 anos, o ciclo de renda do investidor se aproxima do seu ponto de inflexão: as possibilidades de promoção começam a escassear e no caso de perda de emprego, o tempo de recolocação é maior.
Alguns gastos nesta fase tendem a aumentar, como os relacionados à saúde. Por outro lado, quando a aposentadoria chega, gastos com moradia e transporte podem ser reduzidos.
De todo modo, quem deseja ter um padrão de vida compatível com o atual ao se aposentar, não deve descuidar dos seus investimentos. Informe-se, procure os melhores produtos e alocações de acordo também com seu perfil de risco.
Caso ainda possua alguma dúvida sobre alocação de carteira mais adequada para você, entre em contato comigo através do canal “Fale com a Sandra”. Eu indico que você experimente a ferramenta Portfolio Ideal, que sugere um alocação de investimentos de acordo com sua idade, perfil de risco e recursos disponíveis para aplicação. Até a próxima!
Foto “Senior Client”, Shutterstock.