Ontem, antes da abertura do mercado, a Raízen (RAIZ4), uma das gigantes do setor sucroenergético, revelou sua prévia operacional referente ao terceiro trimestre da safra 2023-2024.
O destaque foi a efetividade na colheita de açúcar, registrando o melhor desempenho no terceiro trimestre desde 2020.
O analista da Guide Investimentos, Mateus Haag, observa que “o ATR por hectare atingiu 10, superando a média histórica de 9,1 ATR/hec.”
Venda de etanol
No entanto, a prévia operacional revelou um ponto de atenção com a queda significativa nas vendas de etanol, totalizando 1,4 milhões de toneladas de m³, uma redução de 18% em relação ao ano anterior.
Haag destaca que “o menor ritmo de vendas ocorreu devido à estratégia da companhia de estocar o produto para vendê-lo no offseason, quando os preços do combustível estiverem provavelmente mais favoráveis.”
Combustíveis
No segmento de mobilidade, que engloba a distribuição de combustíveis, a Raízen manteve números sólidos, distribuindo aproximadamente 7,15 milhões de m³ no Brasil e 1,85 milhões m³ na América Latina (Argentina e Paraguai).
A empresa relata que a rentabilidade foi saudável, mantendo-se em linha com os resultados dos últimos anos.
Abaixo, observa-se uma breve análise de múltiplo da Raízen (em branco) contra a média do múltiplo das suas empresas comparáveis (Vibra (VBBR3), Ultrapar (UGPA3), Jalles Machado (JALL3) e São Martinho (SMTO3):
Perspectivas de mercado
A Guide Investimentos realiza uma análise de múltiplos da Raízen em comparação com empresas similares, destacando que, comparativamente, a Raízen está atualmente descontada.
Mateus Haag comenta que, apesar da reação negativa do mercado devido à queda nas vendas de etanol, o múltiplo descontado da Raízen pode representar “um bom ponto de entrada no papel.”