Segundo informações divulgadas pela emissora pública de Hong Kong, RTHK, um funcionário da filial local de uma empresa multinacional caiu em um golpe sofisticado, perdendo a quantia impressionante de 200 milhões de dólares de Hong Kong, cerca de US$ 25 milhões, do dinheiro da empresa.
A polícia confirmou que o incidente, ocorrido no mês passado, envolveu o uso de deepfakes gerados por inteligência artificial em uma videoconferência falsa.
De acordo com o superintendente sênior interino Baron Chan, da divisão de segurança cibernética da força policial, o funcionário foi iludido para participar de uma videochamada onde todos os outros participantes eram deepfakes criados pelos golpistas. Embora os personagens falsos parecessem e soassem como colegas reais, eram na verdade criações digitais baseadas em conferências online legítimas ocorridas anteriormente.
O golpe começou quando o funcionário recebeu uma mensagem supostamente do diretor financeiro da empresa, convidando-o para uma videoconferência para discutir transações confidenciais. O funcionário só percebeu a fraude após contatar a sede da empresa, revelou Chan.
O superintendente destacou a sofisticação do golpe, sugerindo que os fraudadores baixaram vídeos antecipadamente e, em seguida, utilizaram inteligência artificial para adicionar vozes falsas aos deepfakes usados na videoconferência. Ele alertou o público sobre essas novas táticas de engano, ressaltando que os fraudadores são capazes de empregar tecnologia de IA até mesmo em reuniões online com muitos participantes.
A polícia enfatizou a importância de confirmar detalhes através dos canais de comunicação regulares e fazer perguntas durante as videoconferências para verificar a autenticidade dos participantes.
O caso serve como um lembrete contundente da necessidade de vigilância e cautela em um mundo digital cada vez mais sofisticado, onde os golpistas aproveitam avanços tecnológicos para perpetrar fraudes cada vez mais elaboradas e enganosas.