Os contratos futuros do milho e da soja dos Estados Unidos oscilaram perto dos menores níveis em três anos nesta sexta-feira, com a melhora do clima nas lavouras da América do Sul e as previsões de oferta abundante, mas as perdas foram limitadas pela cobertura de posições vendidas antes do fim de semana.
Ambos os mercados tiveram quedas semanais, com a soja registrando a oitava queda consecutiva e o milho em baixa pela oitava vez em nove semanas.
Os futuros do trigo subiram com a compra de pechinchas, a cobertura de posições vendidas e a queda do dólar. Mas o mercado ficou em baixa na semana pela quinta vez em seis semanas.
Os mercados de milho e soja permaneceram concentrados nas estimativas de oferta e demanda divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) e pela Conab um dia antes.
Ambos reduziram as projeções da produção brasileira de soja e milho em função da recente seca. A Safras & Mercado também reduziu sua estimativa para a safra brasileira de soja nesta sexta-feira.
“O relatório (do USDA) de ontem não alimentou o sentimento baixista do milho, ao passo que os estoques de soja dos EUA e do mundo ficaram acima das estimativas comerciais de alta”, disse Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics.
A previsão de chuvas no Brasil e na Argentina, que enfrentou uma onda de calor na semana passada, também atenuou as preocupações com o estresse das culturas de milho e soja.
A soja de março da bolsa de Chicago (CBOT) caiu 10 centavos, a 11,8350 dólares por bushel, um pouco acima do menor nível desta semana, de 11,7925, o mais fraco para um contrato mais ativo desde dezembro de 2020.
O milho de março caiu 4,25 centavos, a 4,29 dólares por bushel, após atingir a mínima do contrato de 4,2825. Foi o menor valor para um contrato mais ativo desde dezembro de 2020.
Trigo de março da CBOT subiu 8,25 centavos, para 5,9675 dólares por bushel.