Acionistas minoritários com mais de 10% das ações da Cielo (CIEL3) pediram um novo laudo de avaliação do preço definido em 6 de fevereiro pelo Bank of America na OPA (Oferta Pública de Aquisição) de fechamento de capital da empresa lançado por Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) de R$ 5,35 por ação.
Segundo o documento (veja abaixo) publicado na noite desta quarta-feira (22), seis gestoras de recursos (Encore, Clave, Mantaro, Ibiuna, XP e AZ Quest) relataram “inconsistências de metodologia”.
Os principais temas levantados foram: Alíquota de Imposto de Renda; Valor do Capital Expenditure (Capex) próximo ao da depreciação e amortização na perpetuidade; Aumento de Custo em 2024 por expansão da força comercial e sem contrapartida em receita; e Não utilização de metodologias de comparações com companhias semelhantes.
Comparação e preço justo
Um dos pontos abordados pelo questionamento é a inexistência de comparação entre players da mesma característica da Cielo na confecção do laudo do BofA, já que “é totalmente comparável aos seus pares listados Stone (STNE; STOC31) e PagBank (PAGS; PAGS34)”, mostra o texto.
Com isso, as gestoras afirmam ser possível atribuir um valor justo à Cielo igualando seu múltiplo de P/L (Preço/Lucro) à média de seus pares e somar com o valor justo atribuído à Cateno por qualquer outro método de avaliação, modificando o preço justo final.
Os cálculos apontam que, aplicando-se o múltiplo médio de seus pares ao lucro da Cielo projetada pelo BofA e a avaliação da Cateno e ao subtrair a parte desse valor, sendo referente aos cotistas terceiros dos FIDCs e ao minoritário da Cateno, o novo valor para Cielo seria de R$ 8,61 por ação, cerca de 60% superior ao sugerido inicialmente.
As gestoras pedem uma resposta em até oito dias e indicam o banco Safra para a confecção do novo laudo.
Veja o documento: