O processo de colheita de soja da safra 2023/24 do Brasil atingiu 69,33% da área total, avanço de sete pontos percentuais em relação à semana anterior, informou a consultoria Pátria AgroNegócios nesta sexta-feira.
Isso manteve o ritmo ligeiramente atrás do visto na mesma época de 2023 (70,42%) e da média histórica dos últimos cinco anos (71,73%).
Quanto aos relatos de produtividades da soja, os agentes consultados estão divididos, disse o diretor da Pátria AgroNegócios, Matheus Pereira.
“Os extremos ainda são observados. A colheita na região central do Brasil traz resultados mais adequados, enquanto que os extremos do país trazem relatos desequilibrados”, afirmou ele, em nota.
Domínio na soja
As importações de soja do Brasil pela China aumentaram 211% em relação ao ano anterior nos dois primeiros meses de 2024, uma vez que a forte colheita e os preços competitivos ajudaram a superar a participação de mercado dos EUA.
O maior comprador mundial de soja importou 6,96 milhões de toneladas da oleaginosa do Brasil, acima das 2,24 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado.
As importações dos EUA caíram de 9,71 milhões de toneladas em 2023 para 4,96 milhões de toneladas.
As importações totais no período de janeiro a fevereiro registraram a menor baixa em cinco anos, a 13,04 milhões de toneladas, segundo dados da alfândega no início deste mês, prejudicadas pelas margens de esmagamento fracas e menos chegadas de navios durante os feriados do Ano Novo Lunar.
Isso situa a participação do Brasil no mercado de soja em 53% e a dos EUA em 38%, de acordo com cálculos da Reuters.
O Brasil é o maior exportador de soja do mundo e compete com os EUA nas vendas para importadores, incluindo a China.
Os compradores chineses têm mantido as importações brasileiras, já que o maior produtor do mundo continua a oferecer grãos mais baratos no mercado global, disseram traders e analistas.