A Casas Bahia (BHIA3) apresentou um prejuízo líquido de R$ 1 bilhão no quarto trimestre de 2023, mostra um comunicado enviado ao mercado na noite desta segunda-feira (25).
A margem líquida ficou em 13,5%, com recuo de 11,7 ponto percentual em relação ao período homólogo.
“Apesar de um prejuízo líquido de R$ 1 bilhão, o lucro caixa foi positivo em R$ 610 milhões (dado que muitos impactos no DRE não tiveram efeito caixa). O efeito positivo da redução de estoques de R$ 544 milhões, resultado da menor compra e maior qualidade dos estoques, foi parcialmente compensada pelo efeito negativo da conta de fornecedores de R$ 110 milhões”, explicou a varejista.
Já o LAIR (Lucro Antes do Imposto de Renda e Contribuição Social) esteve negativo em R$ 1,5 bilhão, como “reflexo do desempenho do mercado e, também, de impactos não recorrentes de fatores ligados ao Plano de Transformação que se referem à reestruturação, otimização de quadro de pessoas e fechamento de lojas”.
No ano de 2023, o LAIR da Casas Bahia foi negativo em R$ 4,2 bilhões, cmo prejuízo líquido de R$ 2,6 bilhões.
Vídeo com o CEO da Casas Bahia
Efeitos não recorrentes
A Cassa Bahia detalhou os três principais efeitos não recorrentes que afetaram o seu balanço no período:
Saldão de estoques: a companhia propôs a redução de R$ 1 bilhão em estoques mais antigos e de categorias não core, com desconto. No quarto trimestre, houve a redução de parte remanescente desse estoque, gerando impacto de curto prazo no lucro bruto de R$ 105 milhões. Impacto no LAIR também de R$ 105 milhões.
Reestruturação e putros: observou no período impacto negativo não recorrente de curto prazo no valor de R$ 5 milhões no Lucro Bruto, R$ 3 milhões no SG&A e R$ 289 milhões na linha de outras receitas e despesas operacionais, vinculadas à reestruturação, sobretudo otimização do quadro de funcionários, fechamento de lojas e baixa de ativos. Impacto no LAIR foi de R$ 297 milhões.
Provisão para DIFAL: (Diferencial de Alíquota do ICMS): observou no período impacto negativo não recorrente no valor de R$ 197 milhões na linha de outras receitas e despesas operacionais, e R$ 24 milhões no resultado financeiro vinculadas aos riscos tributários relacionados ao DIFAL. Impacto no LAIR foi de R$ 220 milhões