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GreenYellow investirá R$ 400 mi em 2024 no Brasil, aposta em energia para mineração

Outro foco está nos projetos de eficiência energética para consumidores comerciais e industriais, em segmentos como varejo alimentar

by Reuters
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A GreenYellow vai investir 400 milhões de reais neste ano em projetos de geração renovável e soluções de energia no Brasil e está diversificando sua atuação no país com um braço dedicado a demandas energéticas do setor de mineração, anunciou a companhia francesa nesta terça-feira.

Especializada em geração solar e eficiência energética, a empresa do fundo de private equity Ardian prevê avançar no desenvolvimento de sua carteira de geração distribuída solar, que chegou a 144,8 megawatts-pico (MWp) em usinas operacionais em 2023.

A expectativa é conectar 65 MWp neste ano e mais 60 MWp em 2025, chegando a 270 MWp entregues ao final do próximo ano.

Outro foco está nos projetos de eficiência energética para consumidores comerciais e industriais, em segmentos como varejo alimentar.

Nessa linha de negócios, a GreenYellow prevê assinar no ano projetos com 25 GWh de energia economizada a clientes, com crescimento frente aos 17 GWh de 2023.

Para ajudar a financiar os projetos já contratados em seu plano de investimentos, a GreenYellow vai colocar à venda parte de seu portfólio de usinas solares operacionais.

O formato da operação e seu tamanho ainda estão sendo definidos, disse o presidente da empresa no Brasil, Marcelo Xavier.

“A gente quer finalizar esse processo até outubro, tem alguns interessados. A gente tem uma expectativa de até junho receber algumas ofertas não vinculantes e começar com ‘due diligence’ em agosto”.

Energia Solar
(Imagem: unsplash/Gabriel)

Segundo o executivo, a companhia chegou a testar o mercado no passado com uma venda de 49% de suas usinas, mas o processo não avançou conforme esperado.

“A gente começou com 49%, não teve muita aderência, o mercado queria 100%. Quando nós voltamos com 100%, os valores de mercado não estavam de acordo com o que nós esperávamos. A gente decidiu esperar um pouquinho, este ano a gente já tem uma indicação de que a valoração desse portfólio já melhorou”.

Atuando no mercado brasileiro desde 2014, a multinacional que nasceu como um braço de energia do grupo Casino possui mais de 1 mil projetos de eficiência energética implementados e mais de 80 usinas de geração solar no Brasil. Entre seus clientes, estão as varejistas Magazine Luiza e Pão de Açúcar e as telecoms Oi e Claro.

A companhia também espera avançar com seu primeiro empreendimento de geração fotovoltaica centralizada, de grande escala, na modalidade de autoprodução de energia. Com previsão de entrega em 2026, a usina terá 150 MWp de potência e será construída em Goiás.

“É um projeto que a gente vem tratando com bastante cuidado, bastante carinho. Está em fase de desenvolvimento e assinatura de PPA (contrato de energia). E assim que a gente tiver esses PPAs é assinados a gente faz o ‘close’ da usina para poder iniciar a construção.”

Energia para Mineração

Em paralelo, a GreenYellow vem investindo para diversificar os negócios, em segmentos como mobilidade elétrica e armazenamento de energia, e está apostando agora na mineração, com uma joint venture específica para atender demandas do setor que é um importante consumidor de eletricidade.

Batizada de Green2Mine, a empresa foi criada junto da consultoria Re-Energi e trabalhará em projetos específicos para a cadeia de mineração, com foco em eficiência energética ou mesmo fornecimento de energia renovável às operações dessas empresas, com construção de usinas dedicadas.

As 20 principais economias do mundo têm tido divergências quanto aos compromissos de reduzir o uso de combustíveis fósseis (Imagem: Reprodução/Freepik/@chandlervid85)
As 20 principais economias do mundo têm tido divergências quanto aos compromissos de reduzir o uso de combustíveis fósseis (Imagem: Reprodução/Freepik/@chandlervid85)

“A gente viu que as nossas soluções, elas não se enquadram em players muito grandes, mas sim para players médios. A gente tem dois ou três projetos em andamento acelerado, com mineradoras mesmo”.

“Não tocamos ainda em outras partes da cadeia, como fertilizantes e cimento, mas está no nosso radar. São projetos de autoprodução e de eficiência energética, como retrofit de equipamentos”, explicou Xavier.

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