Muitos brasileiros têm avaliado a possibilidade de imigrar atualmente. Nos Estados Unidos, segundo dados do US Census bureau, são cerca de 400 mil. Mas morar fora do Brasil requer muita organização prévia e análise das melhores possibilidades de visto. Saiba agora tudo sobre morar ou investir nos Estados Unidos.
Investir no exterior também requer boa dose de pesquisa para conhecer as melhores alternativas. Para saber mais sobre o assunto, o Dinheirama conversou com exclusividade com Ariel Yaari, Gerente de EB-5 e especialista em investimentos da Driftwood Acquisitions & Development, empresa que atua na aquisição e construção de hotéis no mercado norte-americano.
Você é especialista em investimentos nos Estados Unidos. Pode dizer qual o perfil do público que mais o procura para falar de investimentos e imigração?
Ariel Yaari: No caso de investimento puro, o perfil que mais nos procura é do brasileiro que busca mais do que proteger parte do patrimônio em dólar, quer encontrar segurança, boa rentabilidade e liquidez.
Já no caso de famílias que querem imigrar, o perfil é de gente desiludida com o Brasil, que busca qualidade de vida, segurança e um futuro melhor para seus filhos. São pessoas, em geral, que não acreditam no Brasil no curto prazo, que decidiram preservar seus patrimônios em dólares, proporcionar qualidade de vida para toda família e estudos em universidades americanas para os filhos.
Como tem observado a procura de brasileiros por morar no País? Tem havido aumento?
A.Y.: Tem crescido muito nos últimos anos. E mudado bastante o perfil. Hoje a maioria é de pessoas com alto nível patrimonial, profissional e intelectual, decididos a assumirem uma nova vida e se integrarem profundamente à comunidade americana.
Como funciona o visto EB-5? Pode dar alguns exemplos?
A.Y.: O EB-5 é um programa do governo americano que permite que investidores estrangeiros obtenham o Green Card através de um investimento mínimo de US$500.000 em projetos que criem pelo menos 10 novos empregos por investidor.
A aplicação deve estar a risco, ou seja, não pode haver qualquer tipo de garantia ao investidor. É importante lembrar que este investimento não é perdido, que o sucesso de uma aplicação está estritamente ligado a escolha do projeto.
Deve-se pesquisar muito os envolvidos na organização onde o dinheiro de fato estará aportado. Há projetos de muita credibilidade que oferecem rentabilidades acima de 8% ao ano, com riscos muito baixos.
Quem não pode dispor de US$ 500 mil para investir nos EUA tem quais outras alternativas? Pode explicar rapidamente?
A.Y.: Existem nos EUA quase 200 opções de visto. Boa parte está relacionada a vínculos familiares com cidadãos americanos ou habilidades extraordinárias. O recomendável é sempre consultar um advogado de imigração experiente.
Você também auxilia quem quer investir nos Estados Unidos sem se mudar para o país? Quais alternativas poderia citar?
A.Y.: Cada vez mais os EUA se tornam o local mais seguro e rentável do mundo para se investir. Há uma gama imensa de oportunidades.
O que oferecemos na Driftwood são oportunidades no segmento imobiliário ligado à hotelaria, com rentabilidades projetadas acima de 15%a.a.
Qual o primeiro passo a ser dado hoje por quem tem a ideia de investir ou morar nos Estados Unidos em alguns anos?
A.Y.: Para quem quer investir o primeiro passo é se estruturar juridicamente para obter a máxima eficiência tributária nos investimentos. Inicialmente pode parecer difícil, complicado e complexo. Mas é exatamente ao contrário.
As regras nos EUA são claras e bastante simples. Para quem pretende viver nos EUA, o primeiro passo é consultar um bom advogado de imigração. Ele vai levantar o máximo de informações da família, explorando as possibilidades de visto, para finalmente indicar o mais adequado a cada caso.
Como avalia as perspectivas de investimento e imigração de brasileiros nos EUA daqui para frente?
A.Y.: O que temos percebido nos últimos anos é um aumento muito grande do número de brasileiros que imigra para os EUA. Na maioria bem qualificados e com consistente patrimônio. Muitos acabam empreendendo nos EUA.
O Brasil é o principal parceiro comercial da Flórida. A perspectiva é que esses números aumentem ainda mais, independentemente dos resultados das próximas eleições no Brasil ou mesmo da flutuação da taxa de cambio.