Ainda sem a retomada oficial de seu IPO, a Kalunga continua reduzindo o seu endividamento e arrumando a casa para uma possível retomada da sua venda inicial de ações.
Segundo um comunicado enviado ao mercado nesta sexta-feira (7), o diretor financeiro da companhia, Felipe Albuquerque Campos, ressaltou a redução do endividamento nos últimos 3 anos.
Além disso, anunciou a distribuição de dividendos intercalares, com base no lucro apurado em 2023, no valor de R$ 50 milhões.
O valor dos dividendos distribuídos serão utilizados na integralidade para amortização do empréstimo com os próprios acionistas.
A Kalunga chegou a iniciar o seu plano de IPO em 2020, mas não deu sequência ao projeto com a chegada da pandemia do coronavírus.
Em setembro de 2022, segundo o Estadão, a Kalunga teria decidido segurar a expansão da sua rede de lojas para arrumar a casa e mirar uma captação de R$ 1 bilhão em 2023.
Em 2023, a Kalunga inaugurou apenas uma loja e descontinou outra, “cujas perspectivas de lucratividade foram afetadas
pela pandemia”, encerrando o primeiro trimestre com 221 lojas.
A dívida líquida totalizou R$ 591,9 milhões em 31 de março de 2023, 23,1% acima da dívida líquida contabilizada em 31 de dezembro de 2022, em decorrência da incorporação como dívida de R$ 162 milhões de operações de risco sacado que a companhia tinha com partes relacionadas.