A MRV (MRVE3) confirmou a sua intenção de realizar uma oferta primária de ações que pode chegar a R$ 1 bilhão, revela um comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) nesta sexta-feira (7).
De acordo com o documento, a intenção inicial é a colocação de 58,640 milhões de ações com a possibilidade de alocação adicional de 33,3%, o equivalente a 19,547 milhões de ações.
Considerando o valor de fechamento dos papéis na última sessão, a operação pode girar até R$ 1,039 bilhão.
Os bancos coordenadores do negócio são BTG Pactual, Bradesco BBI, Itaú BBA e Santander Brasil.
A empresa afirma que os recursos captados serão utilizados para “melhorar a sua estrutura de capital, exclusivamente nas atividades de incorporação no Brasil”.
Minha Casa Minha Vida
A operação chega na mesma semana em que entraram em vigor as novas regras do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).
Segundo a apresentação da venda de ações feita a investidores institucionais (veja abaixo), as mudanças nas faixas de preços dos imóveis aumenta o percentual de unidades elegíveis para o MCMV no estoque da MRV de 63,5% para 92,4%.
Conforme anunciado no fim do mês passado, o subsídio para famílias de baixa renda – com renda mensal de até R$ 2.640 (faixa 1) e até R$ 4,4 mil (faixa 2) –, passou de R$ 47 mil para até R$ 55 mil.
A partir de ontem, o teto dos imóveis para as faixas 1 e 2 do programa será de R$ 264 mil para os municípios com população de 750 mil habitantes ou mais; R$ 250 mil para as cidades com população entre 300 mil e 750 mil habitantes; R$ 230 mil para os que têm população entre 100 mil e 300 mil habitantes; e R$ 200 mil para cidades com população inferior a 100 mil habitantes.
Também foi ampliado o valor máximo do imóvel por faixa de renda. Assim, para famílias com renda entre R$ 4,4 mil e R$ 8 mil (faixa 3), o valor máximo do imóvel passou de R$ 264 mil para até R$ 350 mil em todos os estados.
Veja apresentação a investidores institucionais: