O Ibovespa (IBOV) cai quase 1% no início das negociações desta quinta-feira (27), aos 121.106 pontos (11:24), em uma ressaca após uma alta influenciada por uma elevação do rating do Brasil pela Fitch e leituras acerca de um possível breque nas elevações de juro nos EUA.
Os papéis da Vale (VALE3) também pesam sobre o índice com uma desvalorização de 1,7%, a R$ 70,52. A mineradora opera também com o reflexo da queda do minério de ferro na China, que chegou a US$ 118,82, após um recuo de 1,91% na bolsa de Dalian.
Os ativos da Petrobras (PETR4) seguem na mesma direção e a baixa chega a 2,3%, a R$ 30,29. A estatal disse ontem que bateu novo recorde trimestral de produção na bacia do pré-sal, de abril a junho, chegando a 2,06 milhões de barris de óleo equivalente por dia.
Mas o que chamou a atenção foram os efeitos da nova estratégia de preços de combustível da empresa, com a taxa de utilização de refinaria disparando para o maior nível desde o 3º trimestre de 2015.
“Com a visibilidade da rentabilidade atual do negócio de refino ainda baixa, acreditamos que as margens do segmento serão um dos principais focos do mercado, possivelmente proporcionando uma melhor avaliação das intenções da administração em relação ao crescimento de market share”, apontam os analistas do BTG Pactual, Pedro Soares, Thiago Duarte e Bruno Lima.
Alerta elevado
Os analistas gráficos já vinham alertando para uma forte zona de resistência para o índice de 122 mil pontos. O nível já motivou correções no passado quando foi testado em 2022 e 2021, alerta o time de análise da Ágora Investimentos.
“Caso o próximo movimento seja de queda, um retorno abaixo de 120.700 pontos abriria espaço para uma busca inicial ao suporte que ficou distante na região dos 114.800 pontos”, destacam em um relatório enviado a clientes.
O analista da XP Investimentos, Gilberto Coelho, tem uma conclusão parecida sobre o movimento.
O índice, que está em tendência de alta pelas médias de 21 e 200 dias e que acima dos 123 mil pontos manteria projeções nos 126.380 ou 132.300 por Fibonacci, teria sinal de realizações na perda dos 121.340 pontos.
A perda deste patamar, que está iminente traria suportes em 118.800 ou 115.700 pontos. “O IFR [Índice de Força Relativa] em sobrecompra mantém elevado o alerta de realizações caso perca os 121.340 pontos”, pontua Coelho.