Analistas do JPMorgan estabeleceram uma recomendação “overweight” para as ações da BRF, após um período de restrição em que não tinham nenhuma classificação, com preço-alvo de 12 reais para o final de 2024.
Antes do período de restrição, eles tinham recomendação “neutra” e preço-alvo de 6,50 reais para dezembro de 2023.
“Vemos o recente aumento de capital, possíveis desinvestimentos, iniciativas de corte de custos e redução dos custos de ração colocando a alavancagem e a lucratividade da empresa de volta nos trilhos após alguns anos de fraco desempenho de ganhos e consumo de fluxo de caixa (FCF)”, afirmaram Lucas Ferreira e equipe em relatório a clientes.
Eles citam que a BRF é um caso de “de-risking” a valuations atrativas, negociando com múltiplo EV/Ebitda 2024 de 4,8 vezes versus média de 5 anos de 6,5 vezes.
“Vemos ‘upside’ da ação em uma meta EV/EBITDA 2025 de 5,5 vezes, mesmo assumindo preços conservadores e tendências de capex à frente.”
A equipe do banco também revisou para cima suas previsões de Ebitda para a empresa em 2024, para 6 bilhões de reais, com uma margem de 10,7%. Também estimaram que o aumento de capital deve permitir que a alavancagem medida pela dívida líquida/Ebitda caia para 2,2 vezes no final de 2023.
“Após dois anos de queima de caixa significativa, a empresa agora se vê em uma tendência de FCF positivo começando com geração de caixa de 601 milhões de reais (estimados) para 2024, com um FCF Yield (ex-crescimento) de 9%”, acrescentaram no relatório com data de quinta-feira.
Na B3, as ações da BRF avançavam 3,1%, a 9,98 reais, entre os melhores desempenhos do Ibovespa, que cedia 0,64%. Os papéis da Marfrig, maior acionista da companhia, tinham elevação de 2,37%.