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Dólar à vista sobe na abertura dos negócios com foco no exterior

Às 9:11 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,72%, a 4,9315 reais na venda

by Reuters
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O dólar à vista iniciou a terça-feira em alta ante o real, acompanhando o movimento verificado no exterior, onde a moeda norte-americana tem ganhos firmes ante as demais divisas de países emergentes ou exportadores de commodities, com investidores no Brasil reagindo também à ata do último encontro do Banco Central.

Às 9:58 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,49%, a 4,9200 reais na venda.

Na B3, às 9:58 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,40%, a 4,9410 reais.

Os mercados globais iniciaram o dia reagindo aos novos números sobre a economia chinesa, que decepcionaram. As importações da China caíram 12,4% em julho na comparação anual, conforme dados da alfândega, um resultado bem pior que a previsão de queda de 5% da pesquisa da Reuters e do declínio de 6,8% em junho.

Já as exportações recuaram 14,5%, em movimento mais forte do que a queda esperada de 12,5% e o recuo de 12,4% do mês anterior.

Neste contexto, moedas de países exportadores de commodities, como o peso chileno e o real, eram penalizadas, mas divisas fortes como o iuan e o euro também se desvalorizavam ante o dólar.

Às 9:58 (de Brasília), o índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– subia 0,58%, a 102,670.

No Brasil, este viés de alta para a moeda norte-americana se sobrepôs a eventuais pressões contrárias vindas da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada pelo BC. Na semana passada, o colegiado havia cortado a taxa básica Selic em 0,50 ponto percentual, para 13,25% ao ano, em decisão com votos divididos entre os dirigentes.

No documento desta terça-feira, o Copom avaliou ser pouco provável uma intensificação dos cortes na Selic à frente, porque tal decisão exigiria surpresas positivas substanciais.

“O Comitê julga como pouco provável uma intensificação adicional do ritmo de ajustes, já que isso exigiria surpresas positivas substanciais que elevassem ainda mais a confiança na dinâmica desinflacionária prospectiva”, apontou a ata.

Para João Savignon, head de pesquisa macroeconômica da Kínitro, o tom da ata pode ser considerado mais duro — ou hawkish, no jargão do mercado — por colocar uma “barra bastante alta” para que seja possível cortes maiores que 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões.

Ao indicar que é pouco provável um corte maior, de 0,75 ponto percentual, o BC em tese contribui para tirar um pouco da pressão altista do dólar ante o real, mas a moeda norte-americana seguia em alta firme nesta manhã em função do exterior.

Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a 4,8961 reais na venda, com alta de 0,44%.

O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 16.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de outubro de 2023.

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