A Braskem (BRKM5) avalia que as perspectivas da indústria petroquímica global para o segundo semestre deste ano estão “piores que o esperado” diante de um esperado avanço na demanda que não se realizou e entrada de novas capacidades de produção nos Estados Unidos e Ásia, afirmou o vice-presidente financeiro, Pedro Freitas.
“A situação é bastante desafiadora”, afirmou Freitas em entrevista coletiva a jornalistas. “Tínhamos uma expectativa de melhora que não era apenas nossa, mas de especialistas externos também”, disse o executivo.
Segundo ele, a produção industrial da China, que dirige a precificação global de produtos fabricados pela Braskem, ainda enfrenta dificuldades e a companhia brasileira espera que o pacote de estímulos econômicos do país asiático surta efeito “gradual” no setor petroquímico no quarto trimestre.
No Brasil, a Braskem deve reduzir o nível de utilização de capacidade de suas centrais petroquímicas no terceiro trimestre, diante de parada programada de manutenção na Bahia, afirmou Freitas. A companhia teve um nível de uso de suas instalações da ordem de 72% no Brasil no segundo trimestre ante uma média nos últimos cinco anos de 83%.
Sobre o processo de venda da participação de controle da Novonor na Braskem, Freitas afirmou que a situação segue praticamente a mesma dos últimos meses.
“Tipicamente em um processo como esse você entraria em uma due diligence profunda, mas hoje não temos cronograma para isso”, afirmou o executivo.