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Dinheirama Entrevista: Mônica Saccarelli, Diretora do Home Broker Rico.com.vc

por Conrado Navarro
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Dinheirama Entrevista: Mônica Saccarelli, Diretora do Home Broker Rico.com.vcDurante todos esses anos à frente do Dinheirama, sempre fiz questão de reconhecer como nosso país melhorou em relação às alternativas de investimentos disponíveis para a população. Uma das alternativas que me agrada muito são os títulos públicos, que hoje estão acessíveis via corretoras e Internet a partir de valores bem baixos.

Para falar mais sobre o Tesouro Direto, decidi conversar novamente com Mônica Saccarelli, Diretora do Rico.com.vc, home broker da Octo Investimentos, onde é responsável pelo relacionamento com o mercado e gerenciamento das áreas comercial, marketing, atendimento e tecnologia.

Mônica iniciou sua carreira na Bovespa e passou por empresas como AT&T Broadband (em São Francisco, EUA), Concórdia Corretora de Valores e Link Investimentos, onde ocupava o cargo de Gerente Geral de Varejo até a criação do Rico, quando assumiu o cargo de direção.

Com 13 anos de experiência no mercado financeiro, Mônica Saccarelli é graduada em Relações Públicas pela FAAP (Faculdade Armando Álvares Penteado), possui pós-graduação em Comunicação Empresarial pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) e especialização em Marketing pela University of California, de Berkeley, EUA.

Acompanhe nossa conversa:

Mônica, uma dúvida bastante frequente de nossos leitores diz respeito à correta alocação de recursos em um plano de investimento focado em qualidade de vida. O brasileiro ainda poupa pouco, mas o faz de forma correta? Como deve ser a estratégia de investimentos do pequeno investidor?

Mônica Saccarelli: A melhor maneira de se juntar dinheiro para ter uma boa qualidade de vida é, em primeiro lugar, conhecer seu perfil de investidor. Em seguida, é imprescindível realizar um planejamento financeiro para, com ele, se programar para investir. Quando falo em programar, quero dizer: é importante que o comprometimento de investir todo mês seja o mesmo de pagar uma conta qualquer.

Ao optar pelo investimento, o investidor precisa entender suas características de risco, retorno, precificação e liquidação. Vocês promovem palestras, mantém artigos e muito material de educação financeira neste sentido. Quais são as principais dúvidas?

M. S.: A principal dúvida é em que e como investir. Para começar, é preciso entender e buscar informação tanto sobre o tipo do investimento como também conhecer a empresa em que pretende investir (no caso do mercado de ações).

No Rico.com.vc temos um programa educacional para todos os níveis de conhecimento e especialistas à disposição para ajudar a tomar a melhor decisão na hora de investir. Além disso, também oferecemos cursos e palestras gratuitas (presenciais e online), chats diários, fórum e o Trade ao Vivo, que são salas de operações virtuais sobre diversos temas, com especialistas que orientam o investidor durante todo o pregão.

Uma das modalidades que tem atraído muitos investidores é o Tesouro Direto. O home broker Rico.com.vc oferece essa possibilidade aos seus investidores? A possibilidade de investir em títulos públicos diretamente, sem interferência dos bancos de varejo, traduz-se em vantagem no retorno? O que muda em relação aos fundos de renda fixa tradicionais?

M. S.: Sim, o Tesouro Direto é uma boa opção em termos de rentabilidade e é possível comprar e vender títulos do tesouro no Home Broker de forma simples. O investidor tem a possibilidade de diversificar os investimentos obtendo variadas rentabilidades, com títulos pré e pós-fixados, considerados de baixo risco pelo mercado financeiro, pois são garantidos pelo Tesouro Nacional.

Muitos fundos de renda fixa investem grande parte do patrimônio em títulos públicos. A vantagem de investir no Tesouro Direto, além das já citadas, é que você escolhe o título que mais atende ao seu perfil e objetivo naquele momento, tem liberdade para definir o quanto quer investir e pode vender e comprar quando achar melhor. Além disso, a taxa administrativa geralmente é mais baixa – e é sempre importante calcular o custo administrativo, que impacta na rentabilidade.

Ainda sobre o Tesouro Direto, é comum recebermos dúvidas sobre os títulos disponíveis e como optar por aqueles que melhor se adéquam ao perfil do investidor. Você pode falar brevemente das opções e suas características principais?

M. S.: O site do Tesouro Direto oferece um teste gratuito para identificar qual é o título mais indicado para o investidor. Os títulos estão divididos em pré e pós-fixados. Os títulos pré-fixados possuem rentabilidade definida no momento da compra. A rentabilidade somente é garantida caso o investidor mantenha o papel até o vencimento. As duas modalidades são:

  • LTN – Letras do Tesouro Nacional: títulos com rentabilidade definida (taxa fixa) no momento da compra. Você sabe antes quanto vai ganhar e o pagamento é feito no vencimento;
  • NTN-F – Nota do Tesouro Nacional – série F: a rentabilidade é prefixada, definida no momento da compra e o pagamento dos juros é feito semestralmente. O principal é devolvido no vencimento.

Os títulos pós-fixados são aqueles cujo valor total da rentabilidade é definido no final da aplicação. Isso ocorre porque o rendimento é determinado pela variação de certos índices e da taxa de juros determinada no início. As modalidades são:

  • LFT – Letras Financeiras do Tesouro: títulos com rentabilidade diária vinculada à taxa de juros básica da economia (taxa média das operações diárias com títulos públicos registrados no sistema SELIC). O pagamento é no vencimento;
  • NTN-C – Notas do Tesouro Nacional – série C: títulos com rentabilidade vinculada à variação do IGP-M, acrescida de juros definidos no momento da compra. Forma de Pagamento: semestralmente (juros) e no vencimento (principal);
  • NTN-B – Nota do Tesouro Nacional – série B: título com rentabilidade vinculada à variação do IPCA, acrescida de juros definidos no momento da compra. Forma de Pagamento: semestralmente (juros) e no vencimento (principal). No caso da NTN-B Principal, não há pagamentos de cupom de juros semestralmente.

O que o investidor deve ter em mente em relação ao risco das aplicações no Tesouro Direto? Comprar títulos públicos diretamente é mais seguro que através de fundos ou produtos especializados?

M. S.: Em primeiro lugar, é preciso saber o que são títulos púbicos e entender que comprar títulos é emprestar dinheiro ao governo. O ideal é investir um dinheiro que não será usado em emergências, pois o resgate não é automático. Os títulos são investimentos de baixo risco, pois quem é o credor é o Governo.

Caso o investidor queira vender o título antes do vencimento, o valor resgatado estará sujeito ao valor de mercado naquele momento. Esse valor pode ser menor ou maior do que ele investiu. Comprar títulos públicos diretamente do Tesouro Direto é vantajoso porque o investidor escolhe o título de acordo com seu objetivo, equanto que ao comprar através de fundos ele não sabe em que títulos o gestor investe, além do que algumas vezes as taxas administrativas não são atrativas, podendo depender do valor aplicado.

O processo de negociação dos títulos públicos envolve custos e tarifas menores que aqueles encontrados em fundos de investimento tradicionais? Você poderia descrever os gastos que envolverão o investidor ao optar pelo Tesouro Direto? Como fica a questão do Imposto de Renda?

M. S.: Sim, visto que o investidor pagará somente as taxas da CBLC e comissão da corretora. Para investir em Tesouro Direto no Rico, os custos são: 0,10% de emolumentos (no ato da operação), 0,3% ao ano de taxa de custódia (CBLC) e 0,2% ao ano de comissão da corretora. Temos uma página que detalha e tira as principais dúvidas sobre Tesouro Direto.

Qual seria a maneira mais adequada de criar uma carteira composta de títulos públicos (papéis de baixo risco) e ações (ativos de alto risco)? Quanto investir, como gerenciar e definir prazos para o retorno?

M. S.: Para estruturar uma carteira de investimentos, devem-se considerar sempre os objetivos, as necessidades no curto e longo prazo e a tolerância ao risco de cada investidor. Diversificar os investimentos diminui os riscos de perdas: se uma aplicação não vai bem, outra pode compensar.

A forma como cada investidor aplica seu dinheiro em diferentes modalidades de investimento varia com o perfil de cada um e a corretora ajuda a identificar esse perfil – que é fundamental ser conhecido.

A partir daí, o investidor pode traçar objetivos e criar sua estratégia de investimentos observando os prazos desejados (curto, médio e longo prazo). Reforço que as decisões de investimento precisam levar em conta o perfil do investidor, sua aversão ao risco e suas metas.

Por fim, é importante que a carteira seja composta por investimentos que ofereçam boa liquidez e baixo risco, como é o caso do Tesouro Direto. Portanto, títulos federais também podem ter papel fundamental em seu portfólio.

Mônica, obrigado pela disponibilidade em nos atender. Por favor, deixe um recado final para o leitor interessado em investir mais e melhor.

M. S.: Obrigado a vocês pelo espaço. Para o leitor interessado em nos conhecer, basta acessar www.rico.com.vc. Para finalizar, vou deixar cinco dicas para quem quer começar a investir:

  1. Não tenha medo;
  2. Invista em conhecimento: busque informações em fontes diversas para tomar decisões com embasamento. Acesse o site da correta e confira o que dizem seus analistas, acesse canais específicos sobre finanças e investimentos, leia jornais, dedique algum tempo para freqüentar cursos e palestras sobre o tema e procure conhecer a empresa que você investe, caso queira investir em ações;
  3. Tenha um objetivo: saiba onde quer chegar e em quanto tempo;
  4. Conheça seu perfil, sua tolerância ao risco e respeite seus limites;
  5. Invista.

Crédito da foto: divulgação.

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