Os estoques brasileiros de suco de laranja atingiram uma mínima histórica de 84.745 toneladas em 30 de junho, data que marca a passagem da safra 2022/2023 para 2023/24, com uma restrição da oferta da fruta no maior produtor global, o Brasil, após safras afetadas pelo clima e também por doenças como o greening.
Os estoques de suco caíram 40,7% em relação ao volume de 143.104 toneladas (FCOJ Equivalente a 66 graus Brix) registrado no mesmo período do ano anterior, segundo levantamento realizado por auditorias independentes junto às maiores empresas do mundo e divulgado nesta quarta-feira pela associação de exportadores do Brasil, a CitrusBR.
Os estoques vêm tendo redução significativa nos últimos anos desde 2020, quando atingiram 471,1 mil toneladas em 30 de junho. Comparados a 2012, quando começa a série histórica da CitrusBR, o total estocado representa 12,8% dos estoques de mais de 660 mil toneladas daquela época.
Na safra 2022/23, o setor aumentou em 18% o volume processado da fruta em relação à safra anterior, para 265.292.217 caixas de 40,8 quilos, considerando membros e não membros da CitrusBR.
Com isso, a produção total de suco do Brasil na safra 2022/23 foi de 945.529 toneladas, alta de 15% em comparação com as 821.600 produzidas na safra anterior.
Por outro lado, a demanda pelo suco brasileiro cresceu em meio a problemas de produção em outros países, especialmente na Flórida, que também tem enfrentado queda na produção de laranjas por conta dos efeitos do greening.