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Dólar sobe após dados fortes nos EUA e antes de feriado no Brasil

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9877 reais na venda, com alta de 0,24%

by Reuters
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O dólar (USDBLR) à vista fechou a quarta-feira em alta ante o real, com investidores protegendo posições antes do feriado no Brasil e reagindo ao cenário externo, onde a moeda norte-americana encontrou suporte nos dados fortes do setor de serviços dos EUA e no Livro Bege do Federal Reserve.

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9877 reais na venda, com alta de 0,24%.

Na B3, às 17:26 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,25%, a 4,9970 reais.

No início do dia, o dólar oscilou entre altas e baixas. Parte dos investidores reforçou posições de proteção (compradas na moeda norte-americana) antes do feriado do Dia da Independência, na quinta-feira, o que dava certo suporte às cotações.

Por outro lado, as preocupações em torno do crescimento global ainda permeavam os negócios, pesando sobre os preços da divisa dos EUA.

Assim, o dólar marcou às 9h58 a cotação máxima da sessão, de 4,9960 reais (+0,41%). Neste ponto, conforme dois profissionais ouvidos pela Reuters, exportadores entraram nos negócios aproveitando as cotações próximas de 5 reais, o que conduziu o dólar à vista para a mínima de 4,9545 reais (-0,42%) às 10h58.

Assim, o dólar marcou às 9h58 a cotação máxima da sessão, de 4,9960 reais (+0,41%) (Imagem: Reprodução/Freepik/@jcomp)
Assim, o dólar marcou às 9h58 a cotação máxima da sessão, de 4,9960 reais (+0,41%) (Imagem: Reprodução/Freepik/@jcomp)

“No dólar, há uma resistência na parte gráfica na casa dos 5 reais. O que a gente enxerga é que, quando a moeda bate nos 5 reais, empresas exportadoras entram nos negócios, o que faz naturalmente que o dólar volte a recuar”, pontuou Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital.

O cenário mudou novamente às 11h, quando foram divulgados novos dados do setor de serviços nos EUA.

O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) informou que seu PMI de serviços subiu para 54,5 no mês passado, a leitura mais alta desde fevereiro e acima dos 52,7 registrados em julho.

Uma leitura acima de 50 indica crescimento no setor de serviços, que responde por mais de dois terços da economia. Economistas consultados pela Reuters projetavam queda do índice para 52,5, e nenhum economista previu uma leitura mais alta do que 53,9.

Os números reforçaram a visão de que o Federal Reserve poderá ser mais rígido em sua política monetária para combater a inflação, eventualmente mantendo os juros mais altos por mais tempo. Isso renovou a força do dólar ante as demais divisas, incluindo o real.

A moeda norte-americana voltou a oscilar no campo positivo no Brasil, em sintonia com o índice do dólar no exterior, que também subia ante divisas fortes.

Operador ouvido pela Reuters pontuou que, durante a tarde, a divulgação do Livro Bege, com avaliações e projeções do Fed sobre o cenário econômico, também ajudou a sustentar o avanço do dólar.

No fim da tarde, a moeda norte-americana seguia em alta no exterior.

Às 17:26 (de Brasília), o índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas subia 0,10%, a 104,850.

Pela manhã, o BC vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de novembro.

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