O ritmo de comercialização de soja 2022/23 do Brasil perdeu um pouco de força ao longo de agosto, após um mês de julho mais forte em negócios, atingindo até o dia 1º de setembro quase 80% da safra colhida este ano, informou nesta sexta-feira a consultoria Safras & Mercado.
Os negócios a safra nova (2023/24), com plantio começando em setembro, registrou alguma melhora, avançando para cerca de 18% de uma safra estimada em recorde de 163,254 milhões de toneladas.
“Apesar de os preços continuarem melhorando ao longo do mês de agosto, os players demonstraram menor interesse por novas vendas de safra disponível, priorizando a venda de volumes da nova safra, que começa a ser plantada ainda no mês de setembro”, disse o analista Luiz Fernando Roque.
Os preços no mercado brasileiro voltaram a ganhar força amparados pela bolsa de Chicago, prêmios e câmbio, mesmo com a alta volatilidade.
“Os contratos futuros ganharam fôlego diante de um clima menos favorável ao desenvolvimento das lavouras norte-americanas registrado na segunda quinzena do mês”, explicou o consultor.
No mesmo período do ano anterior, produtores tinham comercializado 82,6% da chamada safra velha, enquanto a média das últimas cinco safras para o período é de 88,3%.
Para a safra nova, no mesmo período do ano passado, o percentual de vendas era de 18,6%, enquanto a média é de 27,4%.