A Petrobras (PETR4) vai buscar se tornar a maior desenvolvedora de projetos de energia eólica offshore (no mar) do Brasil e planeja anunciar na quarta-feira ações com esse objetivo, informou a companhia em um comunicado à imprensa nesta terça-feira.
Sem dar detalhes, a companhia afirmou que o CEO, Jean Paul Prates, apresentará seus planos junto com executivos da WEG (WEGE3) e um representante do Senai do Rio Grande do Norte, durante o evento Brazil WindPower, em São Paulo, quando também darão uma coletiva de imprensa.
Fabricante de máquinas e equipamentos e importante fornecedora para o setor de energia, principalmente da indústria eólica, a WEG já desenvolveu anteriormente um aerogerador em conjunto com a Engie.
A iniciativa da Petrobras vem em momento em que a empresa está reformulando seu planejamento estratégico para agregar novos projetos voltados para a transição energética e que visam construir uma estratégia de longo prazo para a empresa.
Mais cedo nesta terça-feira, o diretor executivo de Transição Energética e Sustentabilidade, Mauricio Tolmasquim, afirmou a jornalistas que a empresa escolheu investir em energias renováveis por meio de parcerias com grandes empresas, uma forma de “ganhar tempo” na descarbonização de seu portfólio que hoje ainda não conta com ativos de geração limpa.
Tolmasquim reiterou ainda que a companhia avalia a inclusão de projetos renováveis em sua carteira, incluindo eólicas offhore e hidrogênio.
“Estamos falando com muita gente, avaliando projetos em parceria, tanto para M&A (sigla em inglês para fusões e aquisições), quanto para investimentos greenfield (novos projetos)”, disse Tolmasquim, nos bastidores do Brazil WindPower.
Tolmasquim, que também estará presente na coletiva de imprensa de quarta-feira ao lado do CEO, citou ainda que a empresa também estuda projetos renováveis de energia solar e captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS, na sigla em inglês).
As declarações mostram a guinada em curso pela empresa, que passou os últimos anos focada principalmente na exploração e produção de petróleo em áreas de alta rentabilidade, ao mesmo tempo em que desinvestia de outros ativos.
No mês passado, Prates disse que parques eólicos offshore no Brasil deverão ser dedicados principalmente à produção de hidrogênio verde.