Cacau de Londres sobe para pico de 46 anos, açúcar cai

Os futuros do cacau em Londres na ICE subiram para o maior nível em 46 anos nesta quarta-feira, impulsionados pelo aperto na oferta, enquanto os preços do açúcar bruto caíram, influenciados pelo forte ritmo de produção no Brasil.

Cacau

O contrato dezembro do cacau em Londres subiu 51 libras, ou 1,7%, para 3.090 libras por tonelada, depois de bater um recorde de 46 anos de 3.096 libras.

O mercado tem registrado regularmente novas máximas dos últimos 46 anos desde o final de junho, impulsionado pela redução da oferta, com um terceiro déficit global consecutivo amplamente previsto para a próxima temporada de 2023/24.

Os países produtores na África têm aumentado os preços ao produtor para os agricultores em reação aos preços de mercado mais elevados e como forma de evitar o contrabando, mais um sinal de apoio ao produto.

O contrato dezembro do cacau em Nova York subiu 77 dólares, ou 2,1%, para 3.726 dólares por tonelada, após atingir o pico de 3.731 dólares em 12 anos e meio.

Açúcar

O outubro do açúcar bruto caiu 0,29 centavos, ou 1,1%, a 26,54 centavos de dólar por libra-peso, após bater máxima de 4 meses e meio na sessão anterior de 27,26 centavos.

Os operadores observaram que o forte ritmo de produção de açúcar na importante região centro-sul deverá garantir que a oferta seja ampla no curto prazo, embora ainda existam preocupações de que um clima mais seco do que o normal possa reduzir a produção na Índia e na Tailândia.

A produção de açúcar do centro-sul do Brasil aumentou 9,95% na segunda quinzena de agosto em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando 3,46 milhões de toneladas.

A produção ficou basicamente em linha com uma pesquisa com 10 analistas realizada pela S&P Global Commodity Insights, que indicou uma produção de 3,44 milhões de toneladas.

O outubro do açúcar branco de outubro subiu 2,80 dólares, ou 0,4%, para 749,30 dólares a tonelada.

Café

O dezembro do café arábica caiu 0,05 centavo, a 1,5195 dólar por libra-peso.

O novembro do café robusta subiu 49 dólares, ou 2%, para 2.479 dólares a tonelada.