O dólar (USDBLR) à vista fechou a sexta-feira perto da estabilidade ante o real, com leve viés de baixa, em um dia de correção após o forte avanço da véspera e sob influência do otimismo com a economia da China e de dados ruins da atividade das empresas nos Estados Unidos.
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9328 reais na venda, em baixa de 0,06%. Na semana, a moeda norte-americana acumulou alta de 1,26%.
Na B3, às 17:24 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,08%, a 4,9375 reais.
Na quinta-feira, o dólar à vista avançou mais de 1% ante o real, na terceira sessão consecutiva de ganhos, com investidores repercutindo sinalização dura com a inflação do Federal Reserve e a perspectiva de juros altos por mais tempo nos EUA.
Nesta sexta-feira, o dólar sustentou perdas maiores ante o real no período da manhã, com alguns investidores realizando os lucros mais recentes. Além disso, as notícias que vieram da China foram positivas.
Os contratos futuros de minério de ferro importante produto de exportação brasileiro subiram, em meio a relatos de medidas de apoio da China às empresas.
“Os incentivos na China influenciaram o câmbio de novo. Essa história beneficiou as commodities, que por sua vez beneficiam moedas ligadas a commodities, como o real brasileiro”, pontuou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik.
Nos EUA, dados da atividade industrial divulgados pela manhã pesaram sobre o dólar, o que também se refletiu nas cotações no Brasil.
A S&P Global informou que seu Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) composto preliminar para os EUA, que acompanha os setores industrial e de serviços, caiu para 50,1 em setembro, em comparação com leitura final de 50,2 em agosto.
O resultado de setembro ficou ligeiramente acima do nível 50 que separa expansão e contração.
Neste cenário, o dólar à vista marcou a cotação mínima de 4,9041 reais (-0,64%) às 11h04. Durante a tarde, a divisa retomou o fôlego e se reaproximou da estabilidade, marcando a máxima de 4,9346 reais (-0,02%) às 16h53.
No fim da tarde, o dólar também se recuperou no exterior ante outras divisas fortes e em relação a algumas moedas de emergentes ou exportadores de commodities.
Às 17:24 (de Brasília), o índice do dólar que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas subia 0,21%, a 105,610.
Pela manhã, o BC vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de novembro.