O Citigroup embarcou em sua maior reorganização em décadas e seus gerentes estão revisando as listas de funcionários para determinar até novembro quem permanecerá no banco, será transferido ou demitido, de acordo com um memorando global para a equipe divulgado nesta quarta-feira visto pela Reuters.
“Algumas funções mudarão, novas funções poderão ser criadas e funções que não se encaixam em nossa nova estrutura serão eliminadas”, escreveu Sara Wechter, diretora de recursos humanos do banco, no memorando. “Essa próxima camada de mudança está programada para ser anunciada em novembro.”
Os funcionários cujos empregos forem eliminados poderão se candidatar a outros cargos, e a empresa oferecerá indenização e períodos de aviso prévio quando elegíveis, de acordo com a mensagem.
O Citi se recusou a comentar o memorando global.
No mês passado, a presidente-executiva do Citi, Jane Fraser, anunciou uma ampla reorganização para simplificar a estrutura da instituição financeira, depois de se desfazer de empreendimentos não essenciais e se concentrar em áreas lucrativas.
O memorando de Fraser para a equipe não anunciou um número esperado de cortes de pessoal, mas disse que as saídas permitiriam que a equipe que gera receita e os negociadores concentrassem seu tempo nos clientes.
Jane tem endurecido cada vez mais a mensagem para a equipe. “Não temos espaço para espectadores, não temos espaço para pessoas que querem ficar à margem”, disse Fraser em uma entrevista à TV na semana passada.
O Citi espera que a reorganização reanime o preço de suas ações, que há algum tempo está abaixo da metade do valor contábil, e dê à presidente-executiva um controle mais direto sobre seus negócios.
A Reuters informou que os cortes se concentrarão em áreas de apoio com equipes sobrepostas, como conformidade e gestão de risco, e unidades com lucro reduzido.