As ações da Apple (AAPL) recuavam mais de 4% nesta terça-feira, para uma mínima em sete semanas, após o Barclays cortar a recomendação das ações da empresa mais valiosa do mundo, citando preocupações de que a demanda por seus dispositivos, desde o iPhone até o Mac, permaneça fraca em 2024.
O Barclays é a segunda casa a atribuir uma classificação equivalente a “venda” para a ação, que agora possui o seu maior número de recomendações pessimistas em pelo menos dois anos, de acordo com dados da LSEG.
As ações representam uma robusta fatia de 7% do peso de mercado do S&P 500, que também recuava nesta terça-feira. A Apple subiu quase 50% em 2023, atingindo uma alta recorde em meados de dezembro, em um ano em que as Big Tech lideraram os mercados.
A Apple tem lidado com uma desaceleração da demanda desde o início do ano passado e previu vendas abaixo das estimativas de Wall Street para o trimestre marcado por datas festivas. Seu desempenho na China também tem sido uma preocupação após o ressurgimento do concorrente local Huawei.
“O iPhone 15 tem sido fraco e acreditamos que o iPhone 16 deverá ser o mesmo”, disse o analista do Barclays Tim Long em relatório a clientes, apontando para a fraqueza na China, bem como a demanda contida nos mercados desenvolvidos.
O Barclays também alertou que os riscos estavam aumentando para o negócio de serviços da Apple, que tem sido analisado em países, incluindo os Estados Unidos, devido às práticas da App Store.
Com a queda nas ações nesta terça-feira, a companhia estava a caminho de perder cerca de 90 bilhões de dólares do seu valor de mercado.
O Barclays rebaixou a ação de “neutra” para “underweight” e reduziu seu preço-alvo de 12 meses em 1 dólar, para 160 dólares. Antes desta terça-feira, a classificação “venda” do Itaú BBA era a única recomendação pessimista para a Apple desde julho de 2022.
Em média, os analistas classificam o papel empresa como “compra”, com preço-alvo médio de 200 dólares.