A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou nesta quarta-feira o projeto de lei que concede autorização ao governo do Estado para privatizar a maior companhia de saneamento básico e distribuição de água encanada do Brasil, a Sabesp (SBSP3), em meio a protestos contrários.
Após três dias de discussões, a sessão desta quarta-feira teve de ser interrompida à medida que manifestações contrárias à privatização se intensificaram no plenário.
A polícia usou spray de pimenta para conter opositores ao projeto, que gritavam “não à privatização”, com os tumultos levando à necessidade de suspensão dos procedimentos legislativos por cerca de 1h30 durante o início da noite.
A aprovação coloca a Sabesp um passo mais próxima da privatização, e o texto vai agora para sanção do governador do Estado, Tarcísio de Freitas, que também é autor do projeto.
O Estado de São Paulo, que detém 50,3% da companhia de abastecimento e saneamento, pretende privatizar a Sabesp por meio de uma oferta de ações em que será diluído, mas mantendo uma participação minoritária ainda não definida e uma “golden share” para vetar certos temas.