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Alta do preço do WTI reduz fluxos de petróleo

O backwardation -- quando os preços do primeiro mês são mais altos do que os dos meses futuros -- indica uma oferta restrita

by Reuters
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Um aumento repentino nos preços do petróleo nos EUA (WTI), que impulsionou o preço do Brent, fechou rotas de arbitragem para o petróleo dos EUA para a Europa e Ásia e está impedindo que o petróleo da Bacia do Atlântico vá para o leste, disseram operadores.

O aumento do preço do WTI, impulsionado pelos cortes de oferta da Opep+ liderados pela Arábia Saudita e pela queda da produção de petróleo de shale dos EUA, está alterando os fluxos de comércio global, mantendo o petróleo dos EUA no país e aumentando a demanda e os preços de outros tipos de petróleo importados pela Europa e pela Ásia.

Os futuros do WTI saltaram mais de 1 dólar por barril nesta terça-feira, puxando para cima também o Brent e ampliando os spreads no mês imediato para ambos os contratos em backwardation.

O backwardation — quando os preços do primeiro mês são mais altos do que os dos meses futuros — indica uma oferta restrita.

A força do Brent também ampliou seu prêmio em relação ao Dubai, benchmark do Oriente Médio, que atingiu uma alta de seis meses de 2,74 dólares por barril nesta terça-feira, segundo dados do LSEG.

Esse valor foi mais do que o dobro do fechamento do dia anterior na Ásia e levou os operadores a cobrir posições vendidas, disseram as fontes.

“A arbitragem dos EUA para a Europa e Ásia está encerrada”, disse um operador de Cingapura.

“Acho que isso se deve às ações da Opep+, que drenou os EUA ao não enviar petróleo para lá.”

A ampliação do spread Brent-Dubai torna o petróleo produzido na Bacia do Atlântico mais caro para as refinarias asiáticas, que agora se voltarão para o Oriente Médio, disseram os operadores. As expectativas de uma demanda mais forte levaram os prêmios spot do petróleo bruto do Oriente Médio, como o de Omã e o de Murban, a máximas de vários meses. [CRU/M]

Este mês, a Arábia Saudita e a Rússia estenderam os cortes de oferta combinados de 1,3 milhão de barris por dia (bpd) até o final do ano, como parte de uma iniciativa da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, conhecida como Opep+, para reduzir a oferta e sustentar os preços.

A Agência Internacional de Energia alertou para um déficit substancial no mercado até o quarto trimestre.

O banco australiano ANZ disse que os cortes de produção da Opep+ provavelmente levarão o mercado a um déficit de 2 milhões de bpd no quarto trimestre, em meio ao crescimento robusto da demanda global.

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