O então presidente Jair Bolsonaro recebeu de um assessor uma minuta de decreto com instruções para que houvesse um golpe de Estado no país com determinação de novas eleições, e que levasse à prisão os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes e o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), segundo descrito em decisão de Moraes divulgada nesta quinta-feira após operação da Polícia Federal.
A minuta do golpe passou por alterações a pedido de Bolsonaro para retirar as prisões de Gilmar e Pacheco, deixando apenas a detenção de Moraes, que também era o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), conforme a decisão divulgada pelo STF.
Segundo a decisão, a minuta foi apresentada pelo então assessor presidencial Filipe Martins no dia 7 de dezembro de 2022 a Bolsonaro, ao ministro da Defesa e aos comandantes do Exército e da Marinha.