Os contratos futuros do cacau na ICE, em Londres, ampliaram os ganhos na sexta-feira, rumo a recordes recentes, com sinais técnicos apontando para um maior aperto no mercado.
Enquanto isso, o café robusta foi negociado perto de seu maior valor em pelo menos 16 anos.
Cacau
O cacau em Londres fechou em alta de 39 libras, ou 1,1%, a 3.606 libras por tonelada métrica. Atingiu 3.623 libras durante a sessão, um pouco abaixo do recorde histórico de 3.634 libras de meados de novembro.
Os negociantes observaram que o “spread” entre o cacau de março e o de maio no site aumentou para o valor mais alto desde julho do ano passado, indicando uma oferta cada vez mais restrita no curto prazo.
Esse aperto fez com que o cacau saísse de sua faixa e voltasse aos níveis recordes.
O processamento de cacau no Brasil atingiu 253.000 toneladas métricas em 2023, um aumento de 12% em relação a 2022 e a maior quantidade nos últimos cinco anos, informou o grupo industrial AIPC na sexta-feira.
O cacau de março em Nova York subiu 1,1%, para 4.323 dólares a tonelada.
Café
O café robusta de março teve pouca alteração, fechando a 2.939 dólares a tonelada, ainda próximo do valor mais alto desde que esses futuros começaram a ser negociados em janeiro de 2008.
As interrupções no transporte marítimo no Mar Vermelho, uma das principais rotas de exportação de grãos robusta da Ásia para a Europa, aumentaram na sexta-feira depois que os EUA e a Grã-Bretanha atacaram alvos militares Houthi apoiados pelo Irã no Iêmen.
Os ataques, que são uma retaliação aos ataques dos houthis contra o transporte marítimo no Mar Vermelho, estão causando atrasos e aumentando as taxas de frete para os transportadores de café robusta.
Isso, por sua vez, está levando os cafeicultores do Vietnã, principal produtor, a conter ainda mais as vendas e a atrasar a entrega das vendas pré-acordadas.
O café arábica fechou em baixa de 4,05 centavos, ou 2,2%, a 1,8 dólar por libra-peso.
Açúcar
O açúcar bruto fechou em baixa de 0,15 centavo, ou 0,7%, a 21,61 centavos de dólar por libra-peso.
A produção de açúcar da principal região produtora do Brasil pode saltar para um recorde de 43,1 milhões de toneladas métricas em 2024/25, apesar da menor oferta de cana, informou a consultoria de açúcar e etanol Datagro.
O açúcar branco caiu 0,8%, a 618,20 dólares por tonelada.