Os futuros do cacau na ICE avançaram mais de 8% somente na sessão desta segunda-feira, atingindo picos, com a preocupação com a escassez global continuando a impulsionar os preços.
Cacau
O contrato julho do cacau em Londres fechou em alta de 690 libras, ou 10,1%, para 7.508 libras por tonelada, depois de atingir um pico de 7.534 libras. O contrato subiu 18% na semana passada.
O contrato julho do cacau em Nova York subiu 8,4%, para 9.076 dólares por tonelada, depois de atingir um pico de 9.110 dólares. A alta foi de 16% na semana passada.
Negociantes disseram que as colheitas na Costa do Marfim e em Gana, que juntas somam quase 60% do cacau mundial, foram devastadas por doenças, deixando o mercado encaminhado para um terceiro déficit global consecutivo na atual safra 2023/24.
As chegadas de cacau da safra principal nos portos da Costa do Marfim, o maior produtor da commodity, desde o início da safra em 1º de outubro, atingiram 1,284 milhão de toneladas até 24 de março, uma queda de 26,6% em relação ao mesmo período da safra anterior, estimaram exportadores na segunda-feira.
Negociantes também disseram que especuladores estavam ficando nervosos e se posicionando antes das duas semanas de negociações encurtadas pelos feriados de Sexta-feira Santa e da Páscoa.
Açúcar
O maio do açúcar bruto fechou em alta de 0,1 centavo, ou 0,5%, a 21,95 centavos de dólar por libra-peso.
Comerciantes disseram que o mercado parece estar preso em uma faixa, com um piso de 20 centavos quando a demanda aumentar e um teto de 23,5 centavos, que será difícil de romper devido aos novos suprimentos esperados da nova safra no Brasil.
O maio do açúcar branco subiu 0,4%, a 641,40 dólares por tonelada.
Café
O café robusta de maio fechou em alta de 59 dólares, ou 1,8%, a 3.417 dólares a tonelada.
Negociantes disseram que os suprimentos continuaram extremamente apertados no Vietnã, o maior produtor de robusta, e que as torrefadoras asiáticas, incluindo as vietnamitas, estão pensando em fazer uma transição do robusta asiático para o conilon (robusta) brasileiro, que é mais barato.
O café arábica de maio subiu 0,4%, para 1,8565 dólares por libra-peso.