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Com 30 mil investidores em um ano, Grão lança dois fundos de renda fixa

São dois produtos de renda fixa: um voltado para o qualificado (FDIC), e outro para o público geral, de crédito privado

by Gustavo Kahil
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A Grão Investimentos, gestora e distribuidora associada ao Grupo Primo, lança nesta quinta-feira (5) dois novos fundos de investimentos, um com o foco em crédito privado e outro em FDICs (Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios).

Com 30 mil clientes diretos no aplicativo e 100 mil em distribuidores com um ano de existência, o time da gestora, que conta com Guilherme Sá, ex-diretor da tesouraria do Santander, e dos co-fundadores da Rico Corretora, Monica Saccarelli e Frederico Meinberg, dá o primeiro passo fora dos produtos direcionados para a previdência privada.

São dois produtos de renda fixa: um voltado para o qualificado (FDIC), e outro para o público geral, de crédito privado. Veja as lâminas no final da matéria.

“A nossa política, taxa baixa com toda a reversão do rebate para o cotista, foi mantida. Continuamos sem cobrar a performance”, ressalta Saccarelli.

Estratégia

A estratégia de alocação da gestora, que escolhe os melhores de cada setor para investir, é um dos diferenciais da Grão.

“Buscamos os gestores que entendemos ser os melhores da indústria e, com isso, vamos alocar em fundos consagrados”, explica Sá.

Com isso, os clientes conseguem entrada a uma diversificação de gestores e a fundos que podem exigir um investimento inicial muito alto, como Icatu, Capitânia e Arx.

“Também damos acesso para fundos que não estão mais abertos para captação”, afirma Sá.

Rebate e reversão

O modelo de taxas dos dois novos fundos replica àquele dos produtos de previdência ARCA Grão Previdência e ARCA Grão Previdência Renda Fixa.

Ou seja, como a Grão é uma gestora de fundo de fundos (FOF, na sigla em inglês), as taxas cobradas pelos fundos investidos são, em parte, revertidos ao cotista.

“Com o nosso histórico, da fundação da Rico, a gente consegue uma reversão ainda maior”, destaca Meinberg.

Gestão

Apesar de não ter uma gestão ativa, os sócios da Grão ressaltam haver um processo rigoroso para alocação, com travas e limites para os fundos selecionados tanto para o FDIC, quanto para o crédito privado.

“O nosso trabalho é de diligência para os escolhidos estarem conforme as regras para entrar no nosso rol de investimentos. E, depois, para cumprirem o combinado”, diz Sá.

Sobre os FDICs, por exemplo, a busca é por diversificação e pulverização de ativos.

“Precisa ter uma subordinação elevada, buscamos no mínimo 30% de proteção da cota do gestor do fundo investido. Hoje em dia temos ficado entre 40% e 50%. Vale lembrar que só investimos em sênior ou mezanino, não na subordinada direta”, destaca Sá.

Ou seja, em caso de um evento de crédito, como um calote, os investidores com cotas sênior (preferência em pagamentos e juros) ou mezanino (posição após à sênior) têm preferência sobre as subordinadas.

“Se um FDIC estiver muito concentrado, seja sacado ou cedente, a gente levanta uma bandeira amarela”, lembra Meinberg.

“Não é um produto de fácil análise, e de difícil acesso, mas tem muito valor e um risco e retorno muito favorável”, avalia Sá.

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