A Natura&Co (NTCO3) espera que suas contas melhorem no segundo semestre do ano após um início fraco em 2023, disseram executivos nesta terça-feira, com um aumento de caixa esperado a partir da venda de sua marca Aesop e mudanças estratégicas.
A fabricante de cosméticos registrou na segunda-feira um prejuízo líquido de 732 milhões de reais no segundo trimestre, praticamente estável ante o resultado negativo sofrido no mesmo período do ano passado, e a empresa disse que ainda enfrenta “altas despesas financeiras”.
A Natura acrescentou que isso será resolvido após a conclusão da venda de sua marca de luxo australiana Aesop, prevista para o terceiro trimestre, tendo fechado um acordo de 2,53 bilhões de dólares em abril com o grupo francês de cosméticos L’Oréal.
“(O problema da) alavancagem já vai estar resolvido no terceiro trimestre”, disse o diretor financeiro da Natura, Guilherme Castellan, a repórteres nesta terça-feira, acrescentando que a empresa também resolverá seus pagamentos de dívida no quarto trimestre.
A empresa também planeja investir em publicidade e reestruturação de lojas em alguns países como parte da reformulação de suas operações.
Além disso, a Natura pretende expandir seu programa de integração de marcas — reunindo as marcas Natura e Avon sob as mesmas equipes de vendas — para o Brasil nas próximas semanas.
“Todas as demais geografias vão ser implementadas ao longo de 2024”, disse o presidente-executivo da Natura na América Latina, João Paulo Ferreira.