John Barnett, ex-funcionário da Boeing (BA; BOEI34) que teria levantado preocupações sobre os problemas de produção da empresa, foi encontrado morto em um aparente suicídio, de acordo com autoridades norte-americanas.
Barnett trabalhou na Boeing por 32 anos antes de deixar a empresa em 2017, conforme a BBC, que informou anteriormente sobre seus esforços para levantar questões sobre os problemas de produção da empresa.
O homem de 62 anos morreu de um ferimento a bala autoinfligido, confirmou o escritório do legista do condado de Charleston, no Estado norte-americano da Carolina do Sul, nesta terça-feira. A polícia de Charleston está investigando, disse o gabinete do legista, sem dar outros detalhes.
A Boeing, em um comunicado, afirmou: “Estamos tristes com o falecimento do Sr. Barnett, e nossos pensamentos estão com sua família e amigos.”
O advogado de Barnett, Brian Knowles, não respondeu a pedidos de comentários feitos pela Reuters. Ele disse à publicação Corporate Crime Reporter que Barnett estava envolvido em um depoimento de um processo de denúncia em Charleston relacionado à produção do avião 787 Dreamliner, da Boeing.
Barnett falou à imprensa após o incidente de 5 de janeiro em um avião Boeing 737 MAX 9, em que um pedaço da fuselagem se desprendeu abrindo um buraco na aeronave em pleno voo, o que exigiu um pouso de emergência.
Desde então, a Boeing teve que enfrentar uma crise generalizada em torno de seus padrões de segurança e qualidade. A produção da empresa foi restringida pelos órgãos reguladores dos Estados Unidos, o que levou a atrasos na entrega em todo o setor aeroespacial.