O dólar (USDBLR) à vista fechou a terça-feira em alta ante o real, em sintonia com o exterior, onde a moeda norte-americana também subia, na esteira do avanço dos rendimentos dos Treasuries em meio à percepção de que o Federal Reserve manterá a taxa de juros mais elevada por mais tempo.
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9895 reais na venda, em alta de 0,46%.
Na B3, às 17:38 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,28%, a 4,9860 reais.
Pela manhã, os rendimentos dos Treasuries voltaram a subir, ainda em meio ao processo de ajustes de posições de investidores à perspectiva de que a política monetária nos EUA seguirá restritiva.
A perspectiva de juros mais altos nos EUA impulsionava o dólar ante divisas fortes e ante moedas de países emergentes ou exportadores de commodities, incluindo o real.
“O que está pegando hoje (terça-feira) no mercado brasileiro é efetivamente o exterior, é a questão de o Fed aumentar mais os juros”, comentou Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.
“A China também está entrando novamente nesta zona de atenção, o que acaba prejudicando as moedas commodities como o real”, acrescentou.
No Brasil, a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, publicada no início do dia, trazia certo viés de queda para o dólar, por ter passado indicações de que a autoridade monetária não terá espaço para acelerar o ritmo de cortes da taxa básica Selic, hoje em 12,75% ao ano.
No entanto, o fator externo prevaleceu e conduziu as cotações para o território positivo. Na cotação mínima do dia, às 9h50, o dólar à vista marcou 4,9526 reais (-0,29%).
À tarde, com a influência externa preponderando, o dólar à vista marcou a máxima de 4,9945 reais (+0,56%) às 16h36.
Após se aproximar dos 5 reais, a moeda à vista perdeu um pouco de força e fechou um pouco abaixo desta cotação. No exterior, o dólar seguia em alta no fim da tarde.
Às 17:38 (de Brasília), o índice do dólar que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas subia 0,21%, a 106,170.
Pela manhã, o BC vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de novembro.