A moeda norte-americana fechou a segunda-feira praticamente estável no Brasil nas negociações à vista, enquanto o contrato de dólar (USDBRL) futuro para maio oscilava em leve baixa, em sintonia com o recuo da divisa dos EUA no exterior, com investidores à espera da agenda do restante da semana que inclui a formação da Ptax na terça-feira e a decisão de política monetária do Federal Reserve na quarta-feira.
O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,1152 reais na venda, em leve baixa de 0,03%. Em abril, a divisa dos EUA acumula elevação de 1,99%.
Em um dia de agenda relativamente esvaziada, a moeda norte-americana oscilou em margens bastante estreitas no Brasil nesta segunda-feira.
Na cotação mínima do dia, às 9h09, o dólar à vista marcou 5,1029 reais (-0,27%) e, na máxima, às 12h49, atingiu 5,1223 reais (+0,11%). A oscilação da mínima para a máxima foi de apenas 0,38% um percentual bem inferior ao que se vê no dia a dia.
Dois profissionais ouvidos pela Reuters ponderaram que a falta de catalizadores nesta segunda-feira e a expectativa pelas divulgações no restante da semana engessaram os negócios no Brasil.
De fato, a semana está carregada de indicadores e eventos com potencial de conduzir as cotações, como os dados de emprego formal (Caged) no Brasil e o índice de confiança do consumidor dos EUA na terça-feira; a decisão sobre juros do Fed e o anúncio do Tesouro norte-americano sobre necessidade de financiamento na quarta-feira; e o relatório de empregos payroll e o PMI de Serviços dos EUA na sexta-feira.
Na terça-feira ocorre ainda a disputa pela formação da Ptax de fim de mês.
A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista e que serve de referência para a liquidação de contratos futuros.
No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la a níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas (no sentido de alta das cotações) ou vendidas em dólar (no sentido de baixa).
No fim da tarde desta segunda-feira o dólar cedia ante a maioria das demais moedas no exterior com destaque para o recuo em relação ao iene, após relatos de intervenção de autoridades para sustentar as cotações da moeda japonesa.
No mercado futuro brasileiro, o dólar futuro para maio o mais líquido também cedia no fim da tarde, em sintonia com o sinal negativo para a moeda norte-americana visto no exterior.
Às 17h04, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,17%, a 5,1165 reais na venda.
Já o índice do dólar que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas caía 0,33%, a 105,610.
Pela manhã o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem dos vencimentos de julho.