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Dólar tem vaivém antes de dados de inflação dos EUA

Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9360 reais na venda, em alta de 0,15%

by Reuters
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 O dólar (USDBLR) mostrava vaivém frente ao real nesta terça-feira, alternando leves altas e baixas, com foco total em dados de inflação ao consumidor dos Estados Unidos às vésperas da decisão de política monetária do Federal Reserve.

Às 9:56 (horário de Brasília), o dólar à vista avançava 0,04%, a 4,9378 reais na venda.

Na B3, às 9:56 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,08%, a 4,9425 reais.

O foco dos investidores estava nos dados de inflação dos EUA desta terça-feira, agendados para 10h30 (de Brasília) que precederão a decisão do Fed de quarta, em que o banco central deve manter os juros na faixa atual de 5,25% a 5,50%.

“Naturalmente, uma leitura mais benigna (de menos inflação) contribuiria para a manutenção de um ambiente mais favorável à tomada de risco, uma vez que corrobora a visão de que o Fed já pode começar a cortar os juros mais cedo no ano que vem”, disse equipe da Guide Investimentos em nota.

“Da mesma forma, um indicador que aponte uma inflação maior do que a prevista deve causar mal-estar entre investidores, até porque o dado de hoje é o último e de maior importância para o Fomc (comitê decisor de juros do Fed) antes da sua última decisão de política monetária (do ano), que ocorre amanhã.”

Após sinais recentes de arrefecimento da inflação na maior economia do mundo, e apesar da resiliência do mercado de trabalho, investidores anteciparam nas últimas semanas suas apostas para o início do afrouxamento monetário do Fed, com muitos esperando o primeiro corte de juros em março ou maio de 2024.

A redução dos custos dos empréstimos nos Estados Unidos tende a favorecer moedas mais rentáveis, como o real e seus pares emergentes, frente ao dólar. Por outro lado, juros altos tornam o dólar mais interessante, porque então, além de oferecer a segurança de sempre, a moeda passa a ter retornos mais vantajosos.

No Brasil, dados do IBGE mostraram nesta terça-feira que o IPCA registrou alta de 0,28% em novembro, um pouco acima da taxa de 0,24% do mês anterior, mas abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de 0,30%.

Assim como o Fed, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil também anunciará na quarta-feira sua decisão sobre os juros, com ampla expectativa de novo corte de 0,5 ponto percentual na Selic, a 11,75%.

Embora juros mais baixos por aqui tendam a reduzir o diferencial de juros entre Brasil e outras economias, a taxa Selic ainda deve permanecer em patamar restritivo por um bom tempo, o que manterá o real entre as moedas que oferecem retornos interessantes para investidores globais.

Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9360 reais na venda, em alta de 0,15%.

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