Um juiz federal afirmou que Donald Trump terá um júri anônimo que decidirá quanto ele deve pagar a E. Jean Carroll por difamar a escritora em 2019 ao negar que a havia estuprado.
O juiz distrital Lewis Kaplan de Manhattan disse que concluiu haver um “forte motivo” para fornecer proteção especial aos jurados no julgamento civil marcado para 16 de janeiro de 2024.
Ele citou as repetidas críticas públicas do ex-presidente dos Estados Unidos contra Carroll e a “extensa cobertura midiática” do seu caso.
Kaplan também mencionou a conduta de Trump no processo civil por fraude da procuradora-geral de Nova York, Letitia James, contra ele, no qual o juiz multou Trump duas vezes por violar uma ordem de silêncio com comentários sobre seus assessores.
Se as identidades dos jurados forem divulgadas, “haveria uma probabilidade grande de atenção indesejada da imprensa aos jurados, tentativas de influência e/ou assédio ou pior por apoiadores do senhor Trump [e/ou pelo próprio senhor Trump]”, escreveu Kaplan.
O juiz disse que os nomes, endereços e locais de trabalho dos possíveis jurados serão mantidos em segredo.
Em um processo que começou em novembro de 2019, Carroll busca pelo menos 10 milhões de dólares por comentários feitos por Trump na Casa Branca, após ela acusá-lo publicamente pela primeira vez de tê-la estuprado em um vestiário da Bergdorf Goodman em meados dos anos 1990.
Trump negou conhecer Carroll, disse que ela não era o “tipo” dele e disse que ela inventou a alegação para promover seu livro de memórias.