As entregas de fertilizantes no Brasil de janeiro a novembro de 2023 somaram 42,2 milhões de toneladas, alta de 11,9% ante o mesmo período de 2022, superando também todo volume entregue no ano anterior, quando as vendas de adubos recuaram devido a altos preços, informou nesta sexta-feira a associação que reúne indústria do setor (Anda).
Em 2022 completo, Anda registrou entregas de cerca de 41 milhões de toneladas no Brasil, com o mercado global sendo afetado pela guerra entre Rússia e Ucrânia, o que levou produtores a reduzirem as aplicações devido aos custos. O recorde do setor é de 45,86 milhões de toneladas, em 2021.
O forte avanço em 2023, apontou a Anda nesta sexta-feira, ocorreu após grandes entregas em novembro, de aproximadamente 4 milhões de toneladas, alta de 6,7% ante o mesmo mês do ano passado.
No ano passado, de maneira geral, o consumo de adubo no Brasil foi impulsionado por uma melhora importante na relação de troca entre fertilizantes e os preços das commodities agrícolas. Muitos produtores também precisaram repor as reservas de nutrientes no solo.
A associação não forneceu explicações para esses aumentos.
Para o setor superar o recorde anual de 2021, as entregas em dezembro no Brasil teriam de registrar pouco mais de 3,6 milhões de toneladas. A Anda tradicionalmente não faz projeções.
No acumulado de janeiro a novembro de 2023, o total importado de fertilizantes intermediários pelo Brasil — líder na importação desses insumos — foi de 35,58 milhões de toneladas, 9,4% a mais do que no mesmo período de 2022.
As importações de fertilizantes alcançaram 3,99 milhões de toneladas em novembro, indicando salto de 70,5% em relação ao mesmo mês de 2022.
Já a produção nacional de fertilizantes intermediários em novembro de 2023 foi de 597 mil toneladas, alta de 3,1%. No acumulado do ano até novembro, foram 6,24 milhões de toneladas, com redução de 8,7%.