A FIA, órgão que dirige a Fórmula 1, confirmou nesta segunda-feira as saídas do diretor esportivo Steve Nielsen e do diretor técnico Tim Goss, menos de um ano depois de terem sido nomeados para as funções.
A FIA disse em um comunicado que Tim Malyon assumiria o cargo de diretor esportivo no departamento de monopostos, supervisionando a direção da corrida e o Centro de Operações Remotas (ROC), com sede em Genebra.
Niels Wittich continuará como diretor de corrida da F1 para a temporada que começa em 2 de março no Barein.
Malyon, nascido no Canadá, trabalhou na Red Bull Racing e na Sauber e ingressou na FIA em 2019 como chefe de pesquisa, tornando-se diretor de segurança em 2021. Ele se reporta a Nikolas Tombazis, o diretor de monopostos da FIA.
“Ele desempenhará um papel importante à medida que continuamos a trazer rigor às nossas práticas e procedimentos esportivos e regulatórios, e ele impulsionará a inovação que trouxemos para nossa operação de controle de corrida”, disse Tombazis.
“Tim tem sido fundamental na criação de uma forte sinergia entre o controle de corrida e o ROC com a introdução de novas tecnologias, incluindo inteligência artificial e sistemas de análise e processamento de dados de última geração.”
“Ele continuará a supervisionar os avanços nessa área, além de assumir a liderança na evolução dos regulamentos esportivos da FIA.”
As saídas serão vistas por alguns na Fórmula 1 como mais um revés para uma FIA desconfortável, com Deborah Mayer no mês passado também deixando o cargo de chefe da comissão feminina, de acordo com relatos não confirmados na França.
O relacionamento entre a Fórmula 1, de propriedade da Liberty Media, e a FIA se deteriorou no último ano, com os dois lados em desacordo sobre uma série de questões, incluindo a possível expansão da categoria para 11 equipes.
Nielsen, que tem décadas de experiência em uma série de equipes, se juntou à Fórmula 1 como diretor esportivo há um ano, após uma revisão ordenada pelo presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem.
A nomeação ajudou a preencher o vazio deixado pela morte do ex-diretor de corridas Charlie Whiting em 2019, mas a BBC informou que Nielsen saiu porque sentiu que a FIA não estava disposta a fazer as mudanças que ele queria.
A FIA divulgou uma declaração atribuída a Nielsen na qual ele afirmou que seu período no cargo foi uma “experiência fantástica”, sem dar um motivo para sua saída.
Goss, que teve uma longa carreira anterior na McLaren, onde atuou como diretor técnico, deve voltar a ser um integrante de uma das equipes da categoria.
“Estamos desapontados por perder uma pessoa do calibre de Tim”, disse Tombazis sobre Goss.
“Entendemos que sua carreira está tomando um novo rumo e apoiamos e respeitamos seu desejo de seguir outro caminho, desejando-lhe sorte em seus futuros empreendimentos.”