Cerca de 4.300 trabalhadores sindicalizados entraram em greve em três fábricas da General Motors no Canadá nesta terça-feira, ameaçando a lucrativa produção de picapes da maior montadora norte-americana.
O sindicato canadense Unifor disse que entrará em greve no complexo de montagem da GM em Oshawa, na fábrica de powertrain em St. Catharines e no centro de distribuição de peças de Woodstock, todos em Ontário.
A GM não informou imediatamente nesta terça-feira quando espera que as interrupções da greve canadense afetem a produção norte-americana de automóveis.
A paralisação dos trabalhadores ocorreu depois que o sindicato canadense disse que a GM estava “teimosamente se recusando” a igualar o contrato alcançado com a Ford, que ofereceu aumentos salariais de até 25% no Canadá.
“A empresa continua a não atender às nossas exigências em relação às pensões, ao apoio financeiro para trabalhadores aposentados e a medidas significativas para transição de trabalhadores temporários para empregos permanentes e de tempo integral”, disse a presidente nacional do sindicato Unifor, Lana Payne.
A GM disse que continuará as negociações. A paralisação agrava o problema enfrentado pela montadora nos Estados Unidos, onde a empresa está acumulando milhões de dólares em perdas diárias devido à greve do United Auto Workers (UAW), iniciada em 15 de setembro.
A GM atrasou 34.176 veículos de produção desde o início da greve do sindicato UAW, de acordo com uma estimativa do Deutsche Bank. A montadora disse na semana passada que tinha 442.586 veículos em estoque.
O sindicato Unifor representa cerca de 18 mil trabalhadores canadenses da Ford, GM e Stellantis.