O Ibama deve decidir no início do próximo ano sobre o pedido de reconsideração apresentado pela Petrobras (PETR3) (PETR4) para prospecção na Bacia da Foz do Amazonas, na região da Margem Equatorial, disse o presidente do instituto ambiental federal, Rodrigo Agostinho, nesta quarta-feira.
“A gente está analisando, não tem ainda uma conclusão. O Ibama está fazendo um trabalho prioritário em relação a isso, e provavelmente no começo do ano a gente tenha alguma resposta relacionada a este pedido específico, que é o lote 059, localizado na região conhecida como Foz do Amazonas”, disse ele.
“Nós não temos ainda uma conclusão”, acrescentou.
O Ibama já negou por duas vezes a autorização para que a Petrobras faça prospecção com vistas à exploração de petróleo na região, que fica a cerca de 170 quilômetros no litoral do Amapá. O poço a ser perfurado ficaria a mais de 500 km da foz do rio Amazonas.
A perfuração na região da Foz do Amazonas divide opiniões do governo, com o Ministério de Minas e Energia defendendo estudos para explorar a região, que seria reserva de grandes volumes de petróleo.
Estudos mostraram que um único bloco na Margem Equatorial, na região amazônica do Amapá, pode haver reservas de bilhões de barris de petróleo, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em setembro.
A análise do instituto ambiental foi de que o projeto apresentado pela Petrobras não dava as garantias necessárias de segurança ambiental.
A estatal reformulou o pedido e o reapresentou, refazendo pontos que foram considerados críticos pelo Ibama, como a inclusão de mais navios para atendimento em caso de emergência ambiental.
No início de outubro, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a estatal tem a perspectiva de perfurar o primeiro poço na região ainda no primeiro semestre de 2024.
A Petrobras está se preparando para perfurar, ainda este ano, o primeiro poço na Margem Equatorial desde 2015. A atividade será realizada na Bacia de Potiguar.