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Ibovespa fecha em alta após dado dos EUA e termina setembro no azul

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,65%, a 116.484,62 pontos

by Reuters
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O Ibovespa (IBOV) fechou em alta nesta sexta-feira, com Vale (VALE3) respondendo pela principal contribuição positiva, enquanto dados de inflação dos Estados Unidos trouxeram algum alívio em um momento de preocupação com a possibilidade de juros mais altos por mais tempo na maior economia do mundo.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,72%, a 116.565,17 pontos, acumulando um ganho de 0,48% na semana.

O volume financeiro nesta sexta-feira somou 20 bilhões de reais, mais uma vez abaixo da média do ano (25,3 bilhões de reais), o que foi uma marca em setembro, com a média até o momento da ordem de 22,5 bilhões de reais.

Na máxima do pregão mais cedo, o Ibovespa chegou a 116.899,02 pontos, reagindo a dados de inflação norte-americana que mostraram arrefecimento de uma das medidas.

O índice PCE subiu 0,4% em agosto, após alta de 0,2% em julho, mas o núcleo aumentou 0,1%, desaceleração frente ao avanço de 0,2% registrado no mês anterior.

Nos 12 meses, a alta no índice cheio passou de 3,4% para 3,5%, mas o aumento no núcleo passou de 4,3% para 3,9%.

Na visão do economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori, a leitura do núcleo pode ser interpretada como pressão menor para o Federal Reserve continuar a subir os juros.

Mas ele ponderou que os dados que acompanharam a divulgação do PCE reforçam a percepção de que a atividade permanece resistente nos EUA.

“A vida continua difícil para as autoridades monetárias e os dados de agosto serão fundamentais para definir os próximos passos do ciclo de juros e em particular para a decisão do encontro do Fomc em setembro“, afirmou

O Ibovespa fechou em queda de 0,39%, a 117.823,69 pontos, segundo dados preliminares (Imagem: Reprodução/B3/Site Oficial)
(Imagem: Reprodução/B3/Site Oficial)

Em Nova York, após avançar na primeira etapa do dia, o S&P 500 fechou em baixa de 0,27%.

No mercado de dívida, contudo, os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano terminaram a sessão com sinal negativo, o que endossou o alívio na curva de juros brasileira, apoiando a alta de 1,37% do índice do setor de consumo e de 1,78% do índice do setor imobiliário.

Em setembro, o Ibovespa acumulou uma variação positiva de 0,71%

De acordo com o gestor de renda variável da Western Asset Naio Ino, esse resultado pode passar a impressão de que foi um mês tranquilo, mas quando se observa os componentes do Ibovespa é possível identificar que nomes mais ligados a commodities tiveram uma performance bem positiva.

Vale, por exemplo, que tem o maior peso no Ibovespa, acumulou valorização de 3,84%. Petrobras PN, que também detém uma das maiores participações na carteira, avançou 8,45%.

“Mas quando se foca em nomes mais ligados à economia doméstica, sensíveis a juros, a história foi bem diferente”, afirmou, avaliando que tal movimento refletiu o comportamento da curva de juros no Brasil que, por sua vez, foi afetado pela alta nos rendimentos dos Treasuries, além de questões fiscais.

Apesar da alta, o terceiro trimestre teve um desempenho negativo do Ibovespa, com queda de 1,29%. No ano, porém, ainda sobe 6,23%.

Destaques

Vale (VALE3) valorizaram-se 1,32%, a 67,58 reais, buscando manter o fôlego da véspera, conforme a China entra em um feriado de uma semana.

Casas Bahia (BHIA3) subiu 6,78%, a 0,63 real, buscando suporte no alívio das taxas dos DIs para se recuperar após renovar mínimas históricas na semana.

Magazine Luiza (MGLU3) avançou 3,41%, a 2,12 reais.

Banco do Brasil (BBAS3) caiu 0,97%, a 47,18 reais, em meio a ajustes após forte valorização na véspera.

Itaú Unibanco (ITUB4) cedeu 0,15%, a 27,21 reais, e Bradesco (BBDC4) subiu 0,35%, a 14,30 reais.

Petrobras (PETR4) avançou 0,55%, a 34,64 reais, renovando máxima histórica de fechamento, mesmo em dia de fraqueza nos preços do petróleo no exterior, com o Brent encerrando a sessão com variação negativa de 0,07%.

No setor, Prio (PRIO3) perdeu 0,42%, a 47,04 reais

CVC Brasil (CVCB3) caiu 3,02%, a 2,57 reais, em dia de correção após quatro altas consecutivas, período em que acumulou um ganho de mais de 17%. Apenas na véspera, a ação subiu mais de 7%.

CPFL Energia (CPFE3) caiu 1,61%, a 33,61 reais, com outros papéis de elétricas também na coluna negativa do Ibovespa, o que fez o índice do setor terminar o dia com acréscimo de apenas 0,11%, mesmo com Eletrobras (ELET3) avançando 1,65%, a 36,89 reais.

Sabesp (SBSP3) subiu 2,99%, a 61,03 reais, tendo como pano de fundo relatório do Bank of America, no qual os analistas reiteraram recomendação de “compra” e elevaram o preço-alvo das ações de 64 para 76 reais, enquanto afirmaram que veem os papéis com a maior assimetria positiva do setor.

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