O Ibovespa (IBOV) mostrava um acréscimo marginal nesta terça-feira, apoiado principalmente no desempenho da Petrobras, enquanto o declínio da Vale pesava negativamente, em pregão também marcado pela divulgação do IPCA-15, que acelerou em novembro.
Às 10:53, o Ibovespa subia 0,17 %, a 125.949,67 pontos. O volume financeiro somava 2,25 bilhões de reais.
No exterior, os futuros acionários norte-americanos sinalizavam uma abertura negativa em Wall Street, refletindo certa cautela antes de uma agenda pesada nos Estados Unidos na semana, incluindo o dado de preços PCE.
De acordo com a Ágora Investimentos, o mercado está sem um referencial relevante, o que mantém investidores à espera de declarações de autoridades de bancos centrais de economias desenvolvidas sobre ser preciso — ou não — elevar mais as taxas de juros para combater a inflação.
No Brasil, sem tirar o noticiário sobre o quadro fiscal do país, agentes também repercutem nesta sessão dados sobre a inflação ao consumidor apurada pelo IBGE, mostrando que o IPCA-15 subiu 0,33% em novembro, ficando em 4,84% em 12 meses.
Na visão do diretor de pesquisa macroeconômica para América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, a inflação moderada registrada apoia a continuação de um ciclo de flexibilização gradual da taxa Selic.
No entanto, ele ressaltou que fatores como o mercado de trabalho apertado, a política orçamental expansionista, expectativas de inflação ainda não ancoradas e um equilíbrio de risco para a inflação alimentar enviesado para cima exigem cautela na calibração de curto prazo da política monetária.”
Destaques
Petrobras (PETR3) avançava 0,48%, a 35,24 reais, distante da máxima apurada mais cedo, de 35,44 reais, mesmo com os preços do petróleo no exterior perdendo o fôlego. O barril Brent era negociado com elevação de apenas 0,28%. Petrobras (PETR4) subia 0,56%, a 37,71 reais.
Vibra Energia (VBBR4) valorizava-se 1,61%, a 22,04 reais, com agentes ainda analisando proposta da Eneva para a fusão das companhias. A Vibra afirmou que analisará a oferta e que vai considerar sobretudo o interesse de seus acionistas. ENEVA ON caía 2,12%, a 12,47 reais.
Vale (VALE3) cedia 0,85%, a 72,69 reais, pressionada pelo declínio dos futuros do minério de ferro. Na China, o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian registrou sua maior queda em mais de um mês e recuou 2,6%, para 951 iuanes (132,96 dólares) por tonelada.
Casas Bahia (BHIA3) recuava 1,89%, a 0,52 real, tendo de pano de fundo a aceleração do IPCA-15 e aprovação em assembleia geral extraordinária da companhia na véspera da proposta de grupamento das ações na proporção de 25 para 1. Magazine Luiza (MGLU3) recuava 3,06%, a 1,90 real,
Carrefour Brasil (CRFB3) tinha elevação de 1,75%, a 11,60 reais, em dia de evento para investidores da empresa, no qual anunciou que descontinuou a previsão de que sua unidade de atacarejo Atacadão atinja vendas brutas de 100 bilhões de reais em 2024.
Itaú Unibanco (ITUB4) ganhava 0,52%, a 30,76 reais, e Bradesco (BBCD4) subia 0,12%, a 16,08 reais.