O Ibovespa (IBOV) avançava nesta quinta-feira, com Petrobras entre os principais suportes em dia de recuperação após queda acentuada na véspera, ajudada pela alta do petróleo, assim como Vale, favorecida pelo aumento no preço do minério de ferro.
Às 11h21, o Ibovespa subia 0,62%, a 126.404,29 pontos, com o viés positivo no pregão também endossado pelo alívio na curva futura de juros. O volume financeiro somava 3,6 bilhões de reais.
De acordo com análise da equipe do Itaú BBA, as sinalizações técnicas apontam para continuidade na tendência de alta no curto prazo, mas um cenário de realização de lucros existe.
Investidores aguardam dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos, previstos para a sexta-feira, conforme continuam calibrando suas apostas para os próximos passos do Federal Reserve, principalmente quando começaria a reduzir os juros.
Destaques
Petrobras (PETR4) avançava 0,57%, a 33,69 reais, endossada pela alta do petróleo, com o barril de Brent subindo 1,16%. Petrobras (PETR3) subia 0,37%, a 35,47 reais. Na véspera, as ações caíram 3,6% e 2,4%, respectivamente, completando quatro fechamentos seguidos no vermelho.
Vale (VALE3) subia 0,61%, a 72,81 reais, conforme os futuros do minério de ferro avançaram na China, com o contrato mais negociado na Dalian Commodity Exchange (DCE) subindo 3,9%. Agentes do mercado reagiram a números otimistas de exportação da China e notícias positivas dos principais produtores do minério.
GPA (PCAR3) valorizava-se 5,78%, a 4,21 reais, no terceiro pregão seguido de alta. Na véspera, executivos reforçaram ‘guidance’ de melhora na margem Ebitda no próximo ano, que veem como um componente para ajudar nos planos de reduzir significativamente a alavancagem, assim como o processo de venda de sua sede e de rede de postos de combustíveis.
–Itaú Unibanco (ITUB4) ganhava 0,22%, a 31,38 reais, Bradesco (BBDC4) subia 0,80%, a 16,29 reais, conforme agentes continuam monitorando movimentações com potenciais efeitos na tributação do setor. Fontes afirmaram à Reuters na véspera que o governo deu aval para o Congresso desidratar regras propostas para Juros sobre Capital Próprio (JCP), que devem ser incorporadas à MP para regulamentar subvenções.
Cogna (COGN3) tinha elevação de 3,10%, a 3,33 reais, em sessão com Investor Day do grupo de educação, no qual o presidente-executivo afirmou que a empresa deve bater “com tranquilidade” 1 bilhão de reais em geração de caixa operacional em 2024. A Cogna também revisou projeção para Ebitda recorrente no próximo ano, de 2,4 bilhões de reais para a faixa de 2,1 bilhões a 2,4 bilhões de reais. No setor, Yduqs (YDUQ3) subia 2,82%.
Engie Brasil (EGIE3) cedia 2,47%, a 43,47 reais, tendo no radar relatório de analistas do Citi divulgado após o fechamento na véspera, cortando a recomendação dos papéis para “venda”, embora tenham elevado preço-alvo de 38 para 39 reais.
Sabesp (SBSP3) tinha variação negativa de 0,48%, a 68,66 reais, no primeiro pregão após a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovar projeto de lei que concede autorização para privatização da maior companhia de saneamento básico e distribuição de água encanada do Brasil. Em 2023, a ação sobe mais de 20%.
Usiminas (USIM5) subia 0,7%, a 8,35 reais. Mais cedo, executivos da siderúrgica afirmaram a analistas que a companhia está analizando reformulação de sua estrutura de produção em Ipatinga (MG), de olho em redução de custos, por meio do abafamento de um de seus dois altos-fornos menores, contando com o alto-forno 3, recém reformado, para manter a produção de aço no nível atual.