O Ibovespa (IBOV) avançava nesta quarta-feira, retomando o viés positivo após experimentar uma pausa na véspera e renovando máximas desde meados de 2021, tendo como pano de fundo alívio nos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano e na curva futura de juros no Brasil.
Ainda no radar estava o cenário geopolítico, com Israel e Hamas chegando a um acordo de cessar-fogo de quatro dias para libertação de reféns e entrada de ajuda humanitária em Gaza.
Às 10:39, o Ibovespa subia 0,8%, a 126.632,94 pontos. Na máxima até o momento, chegou a 126.649,59 pontos, maior patamar intradia desde julho de 2021. O volume financeiro somava 2,7 bilhões de reais.
Análise gráfica da Ágora Investimentos afirma que o Ibovespa segue em tendência de alta no curto prazo em direção ao topo histórico formado na região dos 131.000 pontos, “nível que quando atingido pode motivar novo movimento de correção”, afirmaram em relatório enviado a clientes.
“A atenção fica na perda dos 123.000, que abriria espaço para uma reversão, com o índice iniciando uma queda em busca do próximo apoio que ficou distante na região dos 119.200 pontos”, acrescentou a equipe da corretora.
No exterior, os futuros acionário norte-americanos apontavam uma abertura positiva em Wall Street, em meio ao resultado robusto da Nvidia e retorno de Sam Altman como CEO da OpenAI. Também eram acompanhados novos dados sobre a maior economia do mundo, como os pedidos semanais de auxílio-desemprego.
No mercado de dívida, o rendimento do Treasury de 10 anos marcava 4,3945%, de 4,418% na véspera, o que corroborava a queda nas taxas dos contratos de DI na B3, apoiando ações de empresas sensíveis a juros. O índice de consumo subia 2,1%.
Destaques
Marfrig (MRFG3) subia 5,46%, a 8,89 reais, renovando máxima intradia em cerca de um ano a 8,96 reais, no terceiro pregão consecutivo de alta.
Na véspera, a companhia anunciou plano de recompra de até 31 milhões de ações, montante equivalente a 9,30% dos papéis da companhia em circulação no mercado.
Grupo Soma (SOMA3) avançava 4,55%, a 6,90 reais, após ajuste negativo na véspera, quando caiu 4%, com a performance em novembro positiva em torno de 30%. Lojas Renner (LREN3) ganhava 3,89%, a 14,96 reais. No mês, sobe 22%.
Vale (VALE3) subia 0,27%, a 75,89 reais, após cinco altas seguidas, em dia de ajustes mesmo com o avanço dos futuros do minério de ferro na Ásia. Em novembro, o papel acumula elevação de mais de 13%.
Petrobras (PETR4) recuava 1,39%, a 34,73 reais, em dia de forte queda dos preços do petróleo no exterior, com o barril de Brent negociado em baixa de 4,1%. Investidores também estão na expectativa da apresentação do plano estratégico 2024-2028, o que, segundo o CEO da estatal, está previsto para sexta-feira.
Itaú Unibanco (ITUB4) ganhava 0,72%, a 30,92 reais, e Bradesco (BBDC4) subia 1,36%, a 15,62 reais, reforçando o Ibovespa, assim como B3 ON, que se valorizava 2,34%.