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Ibovespa: veja os 9 destaques desta quarta-feira

Às 11:13, o Ibovespa subia 0,59%, a 127.147,76 pontos

by Reuters
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O Ibovespa (IBOV) avançava nesta quarta-feira, quando as atenções se voltam aos Estados Unidos, onde o Federal Reserve anuncia decisão de política monetária e pode dar sinais sobre os próximos movimentos da taxa de juros norte-americana.

Após o fechamento, também será conhecido o desfecho da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central no Brasil, com expectativas no mercado apontando um corte de 0,50 ponto percentual na Selic, atualmente em 12,25% ao ano.

Às 11:13, o Ibovespa subia 0,59%, a 127.147,76 pontos, em sessão ainda marcada pelos vencimentos de opções sobre o índice e do Ibovespa futuro. O volume financeiro no pregão somava 3,1 bilhões de reais

O contrato futuro do Ibovespa que vence nesta quarta-feira era negociado com decréscimo de 0,52%, a 127.180 pontos. O contrato seguinte, que expira em 14 de fevereiro, cedia 0,48%, a 129.240 pontos.

Nos EUA, as expectativas no mercado sugerem que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed irá manter a taxa de juros na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano nesta quarta-feira, mas pode sinalizar cortes à frente.

O comunicado com a decisão, previsto para as 16h (horário de Brasília), será acompanhado pelo relatório de projeções trimestrais dos membros do Fomc, que pode mostrar pelo menos dois cortes nos juros até o final do próximo ano.

A partir das 16h30, os holofotes se voltarão para a coletiva de imprensa do chair do BC norte-americano, Jerome Powell, na qual ele deve enfatizar que qualquer corte nos custos dos empréstimos depende de uma melhora adicional na inflação.

“As previsões econômicas e o ‘dot plot’ terão papel crucial no fornecimento de informações das perspectivas das autoridades do Fed em relação às expectativas de cortes nos juros”, afirmou Ipek Ozkardeskaya, analista sênior do Swissquote Bank.

“Hoje, provavelmente encontraremos um Powell satisfeito, calmo mas cauteloso, que dirá que o Fed fez um excelente trabalho no combate à inflação, mas que as taxas permanecerão restritivas enquanto for necessário.”

Ozkardeskaya acrescentou que um ajuste “dovish” (de suavização) poderia ser a exclusão da referência à possibilidade de “additional policy firming” (apertos adicionais da política) da comunicação após a reunião.

Em Nova York, os futuros acionários sinalizavam uma abertura positiva das bolsas norte-americanas, enquanto o rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUArecuava a 4,1642%, de 4,206% na véspera.

Destaques

Grupo Soma (SOMA3) avançava 3,71%, a 6,98 reais, no segundo pregão seguido de valorização, após duas quedas seguidas, período em que acumulou declínio de quase 6%.

O movimento era endossado pelo alívio na curva de DI, que favorecia ainda ações de outras empresas sensíveis a juros no Brasil. O índice do setor de consumo da B3 tinha acréscimo de 0,49%. Na contramão, Casas Bahia (BHIA3) recuava 3,92%.

Azul (AZUL4) subia 2,78%, a 16,27 reais, buscando no ambiente mais favorável na bolsa paulista apoio para se recuperar, após ajustes desde o final de novembro. Após saltar mais de 31% no mês passado, o papel acumulava em dezembro até a véspera queda de mais de 6%. Gol (GOLL4) ganhava 2,67%.

Eztec (EZTC3) cedia 2,97%, a 17,95 reais, tendo como pano de fundo relatório de analistas do Goldman Sachs no qual eles cortaram a recomendação das ações da construtora para “venda”. Eles citaram que os ROEs da companhia estão entre os menores da cobertura do banco, uma tendências que os analistas acreditam que continuará. No mesmo relatório, eles elevaram Direcional para “compra”.  Direcional (DIRR3), que não está no Ibovespa, subia 3,09%.

Petrobras (PETR4) valorizava-se 1,06%, a 34,44 reais, respaldada pelo avanço dos preços do petróleo no exterior, onde o Brent era negociado em alta de 0,52%, a 73,62 dólares o barril, após queda relevante na véspera.

Vale (VALE3) subia 0,01%, a 73,00 reais, em dia de fraqueza dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Dalian Commodity Exchange encerrou o dia em queda de 1,35%, a 948 iuanes (131,94 dólares) a tonelada.

Itaú Unibanco (ITUB4) ganhava 1,11%, a 31,99 reais, e Bradesco (BBDC4) subia 0,98%, a 16,41 reais, reforçando o sinal positivo do Ibovespa, diante de perspectivas crescentes de que o mecanismo de Juros sobre Capital Próprio (JCP) deve passar por ajustes pontuais no Congresso e não ser extinto, como era a ideia original do governo.

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