O Ibovespa (IBOV) avançava nesta segunda-feira, favorecido pelo comportamento dos futuros acionários norte-americanos, em meio à acomodação dos rendimentos dos Treasuries, enquanto a alta do petróleo era um componente favorável para as ações da Petrobras.
Às 10h45, o Ibovespa subia 0,43%, a 130.762,96 pontos, em sessão de agenda tímida, em meio a expectativas para divulgações na semana. O volume financeiro somava 2 bilhões de reais.
Os futuros acionários nos EUA sinalizavam uma abertura positiva de Wall Street, enquanto o rendimento do título de 10 anos do Tesouro norte-americano marcava 3,9202%, de 3,928% na última sessão, com novos dados de inflação na semana.
No Brasil, a equipe da Commcor destacou divulgação da ata da última decisão de juros do Banco Central e do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) nos próximos dias, além de movimentações em Brasília, incluindo a MP das subvenções.
A B3 divulgou nesta segunda-feira a segunda prévia do Ibovespa para os primeiros quatro meses de 2024, mantendo a entrada de ISA Cteep e trazendo de volta Casas Bahia, que ficara de fora da primeira preliminar.
Análise gráfica da Ágora Investimentos afirmou que o Ibovespa seguiu respeitando a resistência consolidada na região dos 130.795 pontos na última sexta-feira. “Em caso de rompimento deste nível, o próximo alvo fica em 132.350 pontos”, citou.
Destaques
Petrobras (PETR4) avançava 1,30%, a 35,86 reais, em dia de alta dos preços do petróleo no exterior, após ataques de Houthis a navios no Mar Vermelho adicionarem preocupações sobre interrupções no fornecimento, enquanto a Rússia planeja reduzir exportações em dezembro. O contrato Brent subia 2,66%, a 78,59 dólares o barril.
Vale (VALE3) subia 0,26%, a 74,05 reais, mesmo tendo como pano de fundo queda dos contratos futuros do minério de ferro, com alguns investidores desfazendo posições compradas em meio à persistência de dados fracos e ao enfraquecimento das esperanças de mais estímulos na China. O contrato mais negociado na Dalian Commodity Exchange encerrou o dia em queda de 1,59%.
Itaú Unibanco (ITUB4) ganhava 0,12%, a 32,77 reais, Bradesco (BBDC4) PN caía 0,06%, a 17,41 reais.
MRV&Co (MRVE3) registrava elevação de 2,76%, a 11,15 reais, mostrando um desempenho mais forte do que outras construtoras, conforme o índice do setor imobiliário, que também inclui empresas de shopping centers, tinha variação negativa de 0,08%.
Braskem (BRKM5) avançava 2,01%, a 17,76 reais, na segunda alta seguida, em meio a ajustes. No mês, contudo, o papel acumula queda de mais de 7%. Além dos problemas envolvendo as minas de sal da companhia em Maceió, agentes financeiros também seguem acompanhando o noticiário envolvendo as negociações para a venda da participação da Novonor na empresa à Adnoc, dos Emirados Árabes.
Klabin (KLBN11) caía 2,92%, a 20,93 reais, tendo no radar relatório do Goldman Sachs, no qual analistas cortaram a recomendação dos papéis para “venda”, com preço-alvo de 18 reais, de 23 reais anteriormente. Eles veem o fluxo de caixa da companhia pressionado no período 2024-2026, devido ao crescimento limitado dos lucros em um ambiente de investimentos agressivo e alavancagem elevada.
Sabesp (SBSP3) valorizava-se 0,18%, a 71,30 reais, após anunciar que seu conselho de administração aprovou plano de investimento de 47,4 bilhões de reais entre 2024 e 2028 e que o pacote de desembolsos contempla o projeto de recuperação do rio Tietê, chamado de Integra Tietê.
Americanas (AMER3), que não faz parte do Ibovespa, avançava 1,11%, a 0,91 real. A varejista divulgou nesta segunda-feira que conseguiu apoio de detentores de volume de dívida da companhia suficientes para aprovar seu plano de recuperação judicial na terça-feira. Dados divulgados pela companhia na sexta-feira também mostraram que sua base de clientes encolheu em mais e 7 milhões em um ano.