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Ibovespa: veja os 9 destaques do fechamento de hoje

No geral, os papéis com maiores volume de negócios e peso no Ibovespa, as chamadas "blue chips"

by Reuters
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O Ibovespa (IBOV) fechou em alta nesta terça-feira, apoiado principalmente por Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), e diante de novos ganhos em Wall Street com expectativas de corte de juros nos Estados Unidos já em março.

Índice acionário de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa subiu 0,59%, a 133.532,92 pontos, um novo recorde de fechamento. Na máxima, alcançou 133.644,65 pontos, recorde histórico intradiário, e, na mínima, ficou em 132.752,96.

O volume financeiro somou 13,5 bilhões de reais, abaixo da média diária de 26,4 bilhões em dezembro até sexta-feira.

Agentes financeiros esperam que o volume de negócios na bolsa se mantenha fraco durante esta semana entre Natal e Ano Novo. Nesta terça-feira, bolsas em diversos locais do mundo, como na Europa, ainda estavam fechadas.

“Aqui no Brasil, commodities estão impulsionando”, disse Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos, citando nominalmente Vale e Petrobras.

No geral, os papéis com maiores volume de negócios e peso no Ibovespa, as chamadas “blue chips”, como Petrobras, Vale, bancos e Ambev, tiveram desempenho positivo na sessão.

Para Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, o mercado também continuou se beneficiando de dados de inflação dos Estados Unidos abaixo do esperado divulgados na sexta-feira, que endossaram apostas de um potencial corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) já no primeiro trimestre de 2024.

“O mercado está botando na conta que é possível a gente ver esse estímulo até março.”

(Imagem: Reprodução/REUTERS/Amanda Perobelli)

O mercado precificava uma probabilidade de 72,7% de uma redução de 25 pontos base na taxa de juros já em março, de acordo com a ferramenta FedWatch, da CME.

Os principais índices acionários em Wall Street fecharam em alta de entre ao redor de 0,4% e cerca de 0,5%, com o S&P 500 tocando o maior patamar intradiário desde janeiro de 2022.

No Brasil, com agenda de indicadores esvaziada, o foco ficou por conta da expectativa de anúncio de novas medidas econômicas.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse mais cedo a jornalistas que o governo enviará ao Congresso Nacional entre quarta-feira e quinta-feira uma alternativa à derrubada do veto à renovação da desoneração da folha de 17 setores da economia. Haddad não deu detalhes da medida.

O ministro também disse que o governo lançará nesta semana um programa, em negociação há meses, que permitirá que empresas deduzam investimentos em máquinas e equipamentos da base de cálculo de tributos em um prazo mais curto que o usual.

Destaques

Petrobras (PETR4) teve alta de 1,61%, para 37,33 reais, diante de avanço de 2,5% do petróleo Brent, e após uma série de notícias corporativas.

Nos últimos dias, a empresa anunciou o equacionamento de déficit de plano de pensão e o início de perfuração na Margem Equatorial, enquanto nesta manhã divulgou corte de 7,9% no preço do diesel a distribuidoras e disse que cobrará valores não pagos por Carmo Energy em venda do Polo Carmópolis.

Vale (VALE3) subiu 0,35%, a 76,66 reais, após os contratos futuros do minério de ferro avançarem na Ásia, com expectativas de medidas de estímulo econômico na China e de uma demanda robusta pela commodity.

Em Dalian, o contrato para maio mais negociado teve ganho de 1,3%, para 980,5 iuanes (137,22 dólares) por tonelada.

CSN Mineração (CMIN3), que também anunciou 435,2 milhões de reais em JCP na noite de sexta-feira, valorizou-se 2,83%.

Suzano (SUZB3) mostrou avanço de 0,51%, a 55,22 reais, após anunciar no sábado a aquisição de ativos florestais no Mato Grosso do Sul, por 1,83 bilhão de reais. Por causa da compra, a Suzano também elevou sua projeção de investimentos para 2024.

Itaú Unibanco (ITUB4) teve alta 1,02%, a 33,65 reais, enquanto Bradesco (BBDC4) subiu 0,3%, a 16,88 reais, em sessão que foi de ganhos para os grandes bancos brasileiros após uma manhã sem direção comum.

Grupo Soma (SOMA3) cedeu 1,21%, a 7,37 reais, e Lojas Renner (LREN3) recuou 0,73%, a 17,58 reais, após quatro e duas altas consecutivas, respectivamente.

Enauta (ENAT3), que não faz parte do Ibovespa, disparou 11,37%, a 20,47 reais, estendendo ganhos das últimas sessões, após informar na segunda-feira a compra da totalidade da participação de 23% detida pela QatarEnergy Brasil em alguns campos de petróleo na Bacia de Campos por 150 milhões de dólares.

A ação acumulou alta de cerca de 31,6% nos últimos três pregões.

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