A Brookfield desistirá da Origin Energy, segundo uma fonte, depois que os acionistas da maior varejista de energia da Austrália rejeitaram uma oferta de aquisição de 10,6 bilhões de dólares feita por um consórcio liderado pela gestora de ativos nesta segunda-feira.
Foram 31,08% dos votos contrários à oferta, e 68,92% a favor, de acordo com documentos regulatórios da Origin, abaixo do limite de 75% necessário para que a aquisição prossiga.
A expectativa era de que o acordo fracassasse após o maior acionista da Origin, o fundo de pensão AustralianSuper, de 300 bilhões de dólares australianos (198 bilhões de dólares), dizer que rejeitaria a oferta de 9,39 dólares australianos por ação.
A AustralianSuper detém cerca de 17% da Origin, o que foi suficiente para bloquear a oferta.
Em comunicado, a Brookfield afirmou que levará em conta um novo plano do governo para acelerar a implementação de energia verde antes de decidir o próximo passo.
Uma fonte familiarizada com o assunto disse que a gestora de ativos com sede no Canadá não tem a intenção de apresentar uma nova oferta para a Origin, pois considera os planos de energia verde do governo prejudiciais para os ganhos futuros da Origin.
A Brookfield se recusou a comentar.
A proposta da Brookfield, feita com a EIG Partners, prometia construir 14 gigawatts de energia renovável como parte de um plano de investimento de 10 anos, de 20 bilhões a 30 bilhões de dólares australianos.
A Origin já tem planos para desenvolver 4 gigawatts até 2030, e o presidente da companhia, Scott Perkins, reafirmou essa estratégia, acrescentando que a empresa está aberta a trabalhar com outros investidores.