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Klabin vê lucro despencar no 3º tri, com queda em volumes e receita

A empresa afirmou que o resultado foi impactado por "menor volume de vendas, redução nos preços de kraftliner e celulose e da valorização do real frente ao dólar no período"

by Reuters
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 A Klabin (KLBN11) divulgou nesta quarta-feira lucro líquido de 245 milhões de reais para o terceiro trimestre, queda de 88% na comparação com o desempenho de um ano antes, impactada por queda nos preços de papel e celulose e menores volumes vendidos.

A companhia, maior fabricante de papéis para embalagens do Brasil, teve geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 1,35 bilhão de reais de julho ao final de setembro, recuo anual de 41%.

Analistas, em média, esperavam que a empresa apresentasse Ebitda de 1,37 bilhão de reais, segundo dados da LSEG.

A empresa afirmou que o resultado foi impactado por “menor volume de vendas, redução nos preços de kraftliner e celulose e da valorização do real frente ao dólar no período”.

As vendas caíram 5% em toneladas sobre o terceiro trimestre de 2022 e o faturamento líquido recuou 20%, para 4,4 bilhões de reais.

Com o cenário externo desfavorável, a Klabin elevou a participação do mercado interno na receita líquida em 9 pontos percentuais no período, para 67%.

Mas a companhia, vendo um ambiente de baixos estoques na China e avanço da atividade, elevou as vendas de celulose para a região ao longo do trimestre. “Esse movimento é fruto da melhora dos vários segmentos de papéis, assim como do consumo de fibras dos produtores integrados, que reduziram a produção própria de fibras de alto custo” por causa dos preços baixos da matéria-prima ante o custo de produção.

A Klabin afirmou que o mercado de papel-cartão no Brasil seguiu resiliente, “embora não tão aquecido como nos últimos trimestres”. Já o segmento de papelão seguiu “desafiador”, com a média de preço kraftliner caindo 21% sobre um ano antes, o que fez a empresa adotar medidas como paradas de produção para focar em rentabilidade.

A companhia encerrou setembro, mês em que inaugurou o maior investimento de sua história, o chamado “Projeto Puma II”, no Paraná, com alavancagem de 3,2 vezes em dólares, avanço sobre o nível de 2,8 vezes no trimestre imediatamente anterior e do patamar de 2,6 vezes no terceiro trimestre de 2022.

O custo caixa de produção de celulose, um importante indicador de eficiência do setor, foi de 1.314 reais por tonelada, queda de 7% sobre o terceiro trimestre do ano passado e de 4% ante o segundo trimestre deste ano. O custo caixa total por tonelada, excluindo o efeito das paradas de manutenção, foi de 3.042 reais por tonelada, 3% abaixo do registrado um ano antes e 6% menos que no período de abril a junho deste ano.

“Esse resultado no trimestre é explicado principalmente pela redução dos preços de químicos”, disse a Klabin, acrescentando que a alta dos combustíveis minimizou o efeito.

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