O leilão de privatização da geradora de energia Emae ocorrerá dia 19 de abril e o preço mínimo a ser ofertado por ação da companhia é de 52,85 reais, segundo edital publicado pelo governo do Estado de São Paulo.
A operação, que marcará a primeira grande privatização do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), envolve a alienação da participação do Estado na Emae em lote com 14.755.255 ações, sendo 14.704.274 ações ordinárias e 50.981 preferenciais.
Vencerá a disputa quem pagar o maior preço pelo lote único de ações da companhia, que é a última estatal paulista do setor de energia.
O edital também prevê a realização de uma oferta aos empregados da Emae de ações representativas de 10% do capital da companhia, também ao preço de 52,85 reais por ação.
A entrega das propostas está marcada para o dia 15 de abril, enquanto a sessão pública para abertura dos envelopes ocorrerá dia 19, às 14h, na B3.
A Emae opera um sistema hidráulico e gerador de energia elétrica entre a região metropolitana de São Paulo, baixada santista e médio Tietê. O principal ativo da empresa é a usina hidrelétrica de Henry Borden, com 889 megawatts (MW) de potência e que fica no pé da Serra do Mar e foi inaugurada em na década de 1920.
O portfólio da empresa inclui mais três hidrelétricas de menor porte, que junto com Henry Borden somam 960,8 MW, e uma termelétrica de 472 MW arrendada para a Baixada Santista Energia (BSE), subsidiária integral da Petrobras.
Segundo dados do governo paulista, a Emae tem um patrimônio líquido de 1,16 bilhão de reais e valor de mercado de 2,3 bilhões.
O Estado de São Paulo detém 97,6% das ações ordinárias da Emae, ou 39,0% do capital total. Outro acionista importante é a Eletrobras, com 64,8% das ações preferenciais da empresa, e também 39% do capital total. Não há direito de preferência da Eletrobras para aquisição das ações da Emae.